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O Nio é um fabricante chinês de carros elétricos cujo modelo de negócio passa pela substituição da bateria em vez de carregamento. "Em 2020, 30% das pessoas diziam que na próxima aquisição de um veículo este seria elétrico. Em 2023 subiu para 55%", assinalou Miguel Cardoso Pinto, Advanced Manufacturing and Mobility Leader e Partner da EY, com base num estudo da EY Mobility Consumer Index 2023.
Mais de 70% dos potenciais consumidores estão dispostos a pagar até 30% mais por um carro elétrico, referiu Miguel Cardoso Pinto na sua intervenção "Que Caminho para a Mobilidade Sustentável", na 3.ª edição do Electric Summit, o Fórum Transição Energética e Mobilidade em Portugal 2024, que é uma iniciativa do Negócios, da Sábado e da CMTV, em parceria com a Galp, a REN e a Siemens, tendo Oeiras Valley como município anfitrião e a EY como knowledge partner.
"A decisão para a escolha já não é apenas o carro, é a proposta de valor à volta do automóvel, como a oferta de soluções de carregamento rápido", referiu. Em 2021 cerca de 50% das pessoas diziam que não escolhiam os veículos elétricos porque tinham um preço inicial elevado. Hoje o principal problema referido é a falta de postos de carregamento. Há ainda outros fatores como a ansiedade e a segurança com o carregamento em casa, o aumento do custo da energia, ou a dificuldade de encontrar lugares de carregamento públicos, o tempo de espera, adiantou Miguel Cardoso Pinto.
Mas o ecossistema tenta responder a estes desafios. Deu como exemplo o Nio. É um fabricante chinês de carros elétricos cujo modelo de negócio passa pela substituição da bateria em vez de carregamento. "
Têm postos de substituição de bateria, portanto, não há perdas de tempo nos carregamentos. Já têm mais de duas mil estações na China e estão presentes na Alemanha, Noruega, Países Baixos, por exemplo". A sua conclusão é que não são as tecnologias que são disruptivas, mas os modelos de negócio.