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"Se há uma fileira que é verdadeiramente sinónimo de sustentabilidade é a da floresta, das bioindústrias de base florestal. Cuida, planta e gere a floresta de forma responsável e sustentável", afirmou Assunção Cristas, a nova presidente do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade. A antiga ministra da Agricultura substituiu no cargo Daniel Bessa, que liderou o júri nas três edições anteriores.
É jurista e professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em que leciona, entre outras, uma cadeira de Direito e Sustentabilidade. E partiu da definição de sustentabilidade do relatório Brundtland de 1987: "É uma ideia muito clara de que os recursos são finitos, devem ser usados de uma forma consciente e idealmente de uma forma circular", frisou.
Desta definição decorre o tripé da sustentabilidade, com as dimensões ambiental, social e económica. Assunção Cristas é responsável pela Plataforma de Serviços Integrados ESG no escritório de advogados Vieira de Almeida. Na sua opinião, o setor florestal é um daqueles em que mais "naturalmente" é atingível o equilíbrio entre os pilares ESG.
"A floresta é um setor estrela na sustentabilidade", através da dimensão ambiental, com a ocupação de 36% do solo em Portugal. "É um pulmão verde que constituiu um dos ecossistemas com maior riqueza biológica e o ecossistema terrestre de maior armazenamento de carbono."
Com o Acordo de Paris passou-se à redução e à remoção de emissões de carbono para se atingir a neutralidade carbónica. "Uma boa parte da solução está nas florestas plantadas, nas espécies que mais ocupam o nosso território e que mais conseguem sequestrar carbono. Se derem origem a materiais naturais de sequestro de carbono, temos um ciclo que se vai continuando", lembrou Assunção Cristas. "Com a transformação do nosso modelo económico, ainda baseado em produtos de origem fóssil, linear e hostil para o clima, num modelo de bioeconomia circular, neutro para o clima e positivo para a natureza, haverá ainda uma maior oportunidade e papel a desempenhar pelas florestas", sublinhou a presidente do júri.
Benefícios múltiplos
Os benefícios das florestas plantadas e geridas de forma sustentável não se limitam ao clima e ao carbono, vão da produção de oxigénio à promoção da biodiversidade, proteção do solo, regulação dos regimes hidrológicos torrenciais, até à criação de paisagens desfrutáveis, referiu Assunção Cristas.
A floresta é, também, "um setor estrela do ponto de vista económico", salientou. "Se à luz do paradigma atual Portugal ainda se vê como um país de escassos recursos, estamos a deixar esse paradigma com rapidez. Se olharmos para a descarbonização e para a circularidade da economia, temos mais recursos do que os que imaginamos e podemos posicionar-nos, também com a floresta, de uma forma diferenciada."
É jurista e professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em que leciona, entre outras, uma cadeira de Direito e Sustentabilidade. E partiu da definição de sustentabilidade do relatório Brundtland de 1987: "É uma ideia muito clara de que os recursos são finitos, devem ser usados de uma forma consciente e idealmente de uma forma circular", frisou.
Desta definição decorre o tripé da sustentabilidade, com as dimensões ambiental, social e económica. Assunção Cristas é responsável pela Plataforma de Serviços Integrados ESG no escritório de advogados Vieira de Almeida. Na sua opinião, o setor florestal é um daqueles em que mais "naturalmente" é atingível o equilíbrio entre os pilares ESG.
"A floresta é um setor estrela na sustentabilidade", através da dimensão ambiental, com a ocupação de 36% do solo em Portugal. "É um pulmão verde que constituiu um dos ecossistemas com maior riqueza biológica e o ecossistema terrestre de maior armazenamento de carbono."
Com o Acordo de Paris passou-se à redução e à remoção de emissões de carbono para se atingir a neutralidade carbónica. "Uma boa parte da solução está nas florestas plantadas, nas espécies que mais ocupam o nosso território e que mais conseguem sequestrar carbono. Se derem origem a materiais naturais de sequestro de carbono, temos um ciclo que se vai continuando", lembrou Assunção Cristas. "Com a transformação do nosso modelo económico, ainda baseado em produtos de origem fóssil, linear e hostil para o clima, num modelo de bioeconomia circular, neutro para o clima e positivo para a natureza, haverá ainda uma maior oportunidade e papel a desempenhar pelas florestas", sublinhou a presidente do júri.
Benefícios múltiplos
Os benefícios das florestas plantadas e geridas de forma sustentável não se limitam ao clima e ao carbono, vão da produção de oxigénio à promoção da biodiversidade, proteção do solo, regulação dos regimes hidrológicos torrenciais, até à criação de paisagens desfrutáveis, referiu Assunção Cristas.
A floresta é o grande garante de fixação de população em grande parte do nosso território e é a principal fonte de rendimento de muitas pessoas. Assunção Cristas
jurista e professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Em termos sociais, "a floresta é o grande garante de fixação de população em grande parte do nosso território e é a principal fonte de rendimento de muitas pessoas". São cerca de 135 mil postos de trabalho, e é fonte de rendimento para mais de 450 mil proprietários, muitos dos quais pequenos proprietários. Rematou dizendo que "as operações, por muito ambientais que sejam, se falharem a dimensão social, não podem ser consideradas sustentáveis".jurista e professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
A floresta é, também, "um setor estrela do ponto de vista económico", salientou. "Se à luz do paradigma atual Portugal ainda se vê como um país de escassos recursos, estamos a deixar esse paradigma com rapidez. Se olharmos para a descarbonização e para a circularidade da economia, temos mais recursos do que os que imaginamos e podemos posicionar-nos, também com a floresta, de uma forma diferenciada."