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Notícia

A exposição dos vencedores

O lançamento da 11.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura contou, pela primeira vez, com oito expositores de empresas que já foram distinguidas neste prémio nacional e que deram a conhecer o seu trabalho.

07 de Dezembro de 2022 às 18:30
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As categorias e os prazos de candidatura
Nesta 11.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura as categorias são:
Jovens Agricultores;
Empresário em Nome Individual (ENI);
Agricultura Digital;
Agricultura Exportadora;
Agricultura Sustentável;

Personalidade, prémio a atribuir por nomeação a uma personalidade pelo seu percurso e relevante contributo para os setores da Agricultura, Agroindústria, Florestas e Pecuária.

Candidaturas e Recandidaturas
Decorre entre 4 de novembro de 2022 a 13 de janeiro de 2023 e consiste na apresentação das candidaturas, submetidas pelos candidatos no site oficial do Prémio, em www.premioagricultura.pt, no período acima indicado.

Júri
Amândio Santos, presidente do Conselho de Administração Portugal Foods
António Vicente, professor na Universidade do Minho
Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses
Emídio Gomes, vice-reitor, Investigação e Inovação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Jorge Portugal, diretor-geral da Cotec
Luís Braga da Cruz, presidente do Conselho de Curadores da Universidade do Porto
Maria Custódia Correia, coordenadora e chefe de divisão da Rede Rural Nacional e Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Maria João Fernandes, delegada nacional/ponto de contacto do programa Horizon, Agência Nacional de Inovação
Pedro Barreto, administrador executivo do Banco BPI
Pedro Santos, CEO da Consulai

Comités técnicos
Jovens Agricultores / ENI
João Mira, técnico superior, AJAP
João Nunes, CEO, Associação BLC3
Joaquim Macedo de Sousa, diretor executivo, HIESE
José João Parrão, diretor comercial - Agricultura, Banco BPI
José Pimentel, vice-presidente, ISA
Orlando Rua, investigador, ISCAP
Paula Alves, CEO, iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
Pedro Guerreiro, responsável pela Área de Empreendedorismo, ANJE
Rita Estácio, gestora Região Douro Empreendedor, Regia-Douro Park

Empresas
Alexandra Leitão, professora auxiliar, Universidade Católica Portuguesa
António Isidoro, diretor executivo, IACA
Filipe Núncio, sócio-gerente,Agri-Marketplace
Frederico Falcão, presidente, ViniPortugal
João Folque Patrício, diretor executivo Agricultura-Turismo, Banco BPI
Jorge Tomás Henriques, presidente, FIPA
Manuel Almeida, presidente da Direção, ANIL
Mariana Matos, secretária-geral, Casa do Azeite


Vencedores

Nativa Land

Menção honrosa em 2021- Agricultura exportadora
"Orgulha-nos termos recebido pela distinção, pelo trabalho de uma equipa muito empenhada, muito competente e incentiva-nos a continuar com o trabalho de excelência que temos desenvolvido", disse Constance Ludovice. "Somos a única empresa na Europa licenciada para produzir e comercializar as variedades de batata-doce que são desenvolvidas pela Universidade de Louisiana nos Estados Unidos. Obriga-nos a ter critérios de qualidade muito muito apertados e distingue-nos também pela qualidade do material vegetal que reproduzimos. As variedades já são procuradas pelo próprio nome que é um incentivo grande também para a continuação do nosso trabalho", concluiu Constance Ludovice.

Bio-Freixo
Vencedor em 2020 - Empresário em Nome Individual
A Bio-Freixo, oriunda de Freixo de Espada à Cinta, entre os vários produtos tem o vinho vegan. "A ideia foi lançar um vinho 100% natural porque só fazemos produtos biológicos. Há 22 anos lançámos o primeiro vinho biológico e agora fazemos também este. Desde 2019 que certificamos o primeiro vinho bio vegan", disse Gilberto Pintado da Bio-Freixo. Fazem também cerveja artesanal, semeiam a cevada, fazem a maltagem pois têm campos de lúpulo e todo o processo é certificado em modo biológico. Obedece à lei da Pureza 1540, ou seja, é uma produção de cerveja só à base de água, cevada e lúpulo.

Casa Santos Lima
Vencedor 2021- Agricultura exportadora
"É sempre importante para uma empresa que exporta mais 90% da sua produção e que está em cinco das principais regiões vinícolas em Portugal. E é sempre importante para o mercado nacional ver estas distinções, ver que Portugal valoriza, de certa maneira e com as suas condicionantes, os produtores portugueses", disse Vitória Pais, da Casa Santos Lima, sediada em Alenquer. Assinalou que os custos de produção estão cada vez mais altos e que o maior desafio para todas as empresas agrícolas portuguesas "é reinventarem-se, reduzirem custos e sobretudo diversificarem a oferta".

Ferdinando Bernardino de Freitas
Vencedor em 2021- Empresário em Nome Individual
Ferdinando Bernardino de Freitas da Quinta de Torre de Bera é produtor de figos-da-índia em três variedades: branca, vermelho e laranja. Este prémio foi muito importante porque lhe deu visibilidade e abriu portas para contactos e parcerias como, por exemplo, com Israel e Espanha. Hoje exportam 99% da sua produção. Por outro lado, foi o reconhecimento da aposta feita. Como explicou Ferdinando Bernardino de Freitas, investiram numa cultura "que fizesse face às alterações climáticas porque a figueira-da-índia é uma cultura que não precisa de grande quantidade de água, converte rapidamente os nutrientes em alimentos e tem uma grande produtividade". Tem processos e projetos com várias unidades de investigação e empresas a nível nacional que estão a "tentar desenvolver novos produtos, com novas abordagens".

Ana Margarida Simões Oliveira e Gonçalo Rocha
Menção Honrosa 2021- Jovens Agricultores
São produtores de castanha em três variedades e de cereja. Os principais desafios, segundo Margarida Oliveira, que faz agricultura há dez anos, são a falta de água e os preços da energia. "A nova produção de cerejeira consome muita água e principalmente neste verão, em que se registou a primeira vaga do calor no dia 7 de julho, e algumas qualidades tardias não conseguiram atingir o calibre desejável porque a água é um alimento essencial. Falta transmissão de conhecimentos porque as escolas e os investigadores fazem muita investigação mas acho que depois não passam esse conhecimento para os agricultores", apontou Margarida Oliveira.

Patrícia Pilar
Menção honrosa 2021- Agricultura exportadora
A distinção da Hernâni Saldanha teve a ver com a exportação. "Estamos a trabalhar com mais exportação de hortícolas e a tendência é para aumentar as vendas e aproveitar o clima que temos na zona de Torres Vedras, que é um clima atlântico temperado que permite produzir bastante artigos hortícolas tanto no inverno como no verão." Em culturas de rua e fruteiras notou-se dificuldades com a falta de água este ano.

Ramirez & Ca.
Vencedor 2021- Agricultura Sustentável
"É bastante importante porque demonstra a visão que o nosso CEO, Manoel Ramires (1941-2022), tinha para a empresa com a aposta na sustentabilidade, não só na parte de fabril como também na matéria-prima que é o peixe, que é o mar. Somos autossustentáveis em 40% da nossa energia e temos um projeto para em 2023 passarmos a ser em 60%, e a restante será energia verde comprada ao nosso parceiro. A sustentabilidade será sempre um fator essencial na nossa empresa", considerou Jorge Cidade. Na sua opinião, "temos de olhar sempre para o futuro e o futuro é aquilo que nos vai sustentar. Estamos há 160 anos em atividade e queremos estar cá mais 160 anos. Somos sustentáveis, conseguimos sempre inovar os nossos produtos, somos cada vez mais amigos do ambiente, mas também amigos do nosso consumidor e queremos trazer valor para o nosso consumidor".