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"A sustainable finance engloba os produtos ou serviços financeiros que consideram os critérios de sustentabilidade, nomeadamente, os fatores Ambientais, Sociais e de Governance (ESG). Trata-se de uma abordagem integrada do sistema financeiro global para um mundo sustentável", afirmou Olivier Perrain, head of Corporate and Institutional Banking, BNP Paribas, na primeira talk da iniciativa do Jornal de Negócios e do BNP Paribas, "Sustainable Finance", dedicada a uma das vertentes mais relevantes da banca na atualidade.
Esta nova modalidade de financiamento das atividades económicas, as finanças sustentáveis ou verdes, tem por base a sustentabilidade, que é um modelo de desenvolvimento económico que responde às necessidades das gerações presentes sem hipotecar as necessidades das gerações futuras. "Trata-se de salvar o planeta e do bem-estar dos nossos filhos", sublinha Olivier Perrain.
O gestor do BNP Paribas, que recentemente foi considerado pela International Financing Review (IFR), como o Bank of the Year for Sustainable Finance, define que o financiamento é sustentável quando concilia a performance económica com os impactos ambiental e social positivos no uso dos fundos, inclui considerações de sustentabilidade no processo de tomada de decisão e os projetos financiados têm impactos neutros no clima, e são eficientes de um ponto de vista energético e de uso dos recursos.
Brown finance
Mas há também outra dimensão do financiamento sustentável, refere Olivier Perrain, e que é designada por "brown finance", que inclui a transição financeira para ajudar a reduzir o impacto negativo das indústrias no ambiente. "Por exemplo, o financiamento de um parque eólico é claramente importante porque o vento é uma fonte de energia sustentável, tal como também é importante o financiamento a uma empresa emissora de grandes quantidades de dióxido de carbono CO2 para que implemente medidas de redução drástica de emissão de carbono", considera Olivier Perrain.
Para os investidores, a sustainable finance significa integrar estes critérios ambientais, sociais e de governação nas decisões de investimento, contribuindo para a sustentabilidade de longo prazo. Para as empresas significa a integração de práticas sustentáveis em toda a sua cadeia de valor de modo a alcançarem a sustentabilidade corporativa. É este um dos objetivos da União Europeia através do Green Deal, que prevê que, para se atingir os atuais objetivos em matéria de clima e energia para 2030, serão exigidos investimentos adicionais no valor de 260 mil milhões de euros por ano até 2030.
As empresas e as organizações são um dos alvos mais relevantes para o acesso às finanças sustentáveis ou sustainable finance, mas têm de obedecer ao modelo ESG com os critérios ambientais, sociais e de governance. "Todas as empresas têm impactos diretos e indiretos nestas áreas, precisam de energia, de produzir, de transportar as mercadorias, de viajar, etc. Para continuarem a ter acesso a financiamento, todas terão de investir para melhorarem o seu impacto ambiental, a inclusão social ou a governação da empresa", explica Olivier Perrain.
Estratégia e finanças
Como assinala o head of Corporate and Institutional Banking, BNP Paribas, há um raciocínio preliminar à procura de um financiamento sustentável, e que é o de integração da sustentabilidade na estratégia das empresas. "Não é preciso dinheiro para ver se conseguimos fazer verde. É a estratégia da empresa que tem de integrar e melhorar os impactos da empresa, e, nessa altura, a existência de um projeto sustentável justifica um financiamento sustentável. É preciso identificar os projetos e, só depois, procurar a melhor solução de sustainable finance", diz Olivier Perrain.
"Faz parte da nossa missão acompanhar e aconselhar na estratégia, olhar para o perfil de cada cliente, avaliar a performance ESG geral do cliente, também analisar o setor para posicionar o cliente face aos seus pares. Muitas empresas estão já muito avançadas nesta trajetória. Outras estão ainda a iniciar-se. Para todas é urgente que mantenham ou comecem essa trajetória da sustentabilidade. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas são certamente um bom enquadramento de apoio nesse exercício de mudança necessária".
Esta nova modalidade de financiamento das atividades económicas, as finanças sustentáveis ou verdes, tem por base a sustentabilidade, que é um modelo de desenvolvimento económico que responde às necessidades das gerações presentes sem hipotecar as necessidades das gerações futuras. "Trata-se de salvar o planeta e do bem-estar dos nossos filhos", sublinha Olivier Perrain.
O gestor do BNP Paribas, que recentemente foi considerado pela International Financing Review (IFR), como o Bank of the Year for Sustainable Finance, define que o financiamento é sustentável quando concilia a performance económica com os impactos ambiental e social positivos no uso dos fundos, inclui considerações de sustentabilidade no processo de tomada de decisão e os projetos financiados têm impactos neutros no clima, e são eficientes de um ponto de vista energético e de uso dos recursos.
Brown finance
Mas há também outra dimensão do financiamento sustentável, refere Olivier Perrain, e que é designada por "brown finance", que inclui a transição financeira para ajudar a reduzir o impacto negativo das indústrias no ambiente. "Por exemplo, o financiamento de um parque eólico é claramente importante porque o vento é uma fonte de energia sustentável, tal como também é importante o financiamento a uma empresa emissora de grandes quantidades de dióxido de carbono CO2 para que implemente medidas de redução drástica de emissão de carbono", considera Olivier Perrain.
Para os investidores, a sustainable finance significa integrar estes critérios ambientais, sociais e de governação nas decisões de investimento, contribuindo para a sustentabilidade de longo prazo. Para as empresas significa a integração de práticas sustentáveis em toda a sua cadeia de valor de modo a alcançarem a sustentabilidade corporativa. É este um dos objetivos da União Europeia através do Green Deal, que prevê que, para se atingir os atuais objetivos em matéria de clima e energia para 2030, serão exigidos investimentos adicionais no valor de 260 mil milhões de euros por ano até 2030.
As empresas e as organizações são um dos alvos mais relevantes para o acesso às finanças sustentáveis ou sustainable finance, mas têm de obedecer ao modelo ESG com os critérios ambientais, sociais e de governance. "Todas as empresas têm impactos diretos e indiretos nestas áreas, precisam de energia, de produzir, de transportar as mercadorias, de viajar, etc. Para continuarem a ter acesso a financiamento, todas terão de investir para melhorarem o seu impacto ambiental, a inclusão social ou a governação da empresa", explica Olivier Perrain.
Estratégia e finanças
Como assinala o head of Corporate and Institutional Banking, BNP Paribas, há um raciocínio preliminar à procura de um financiamento sustentável, e que é o de integração da sustentabilidade na estratégia das empresas. "Não é preciso dinheiro para ver se conseguimos fazer verde. É a estratégia da empresa que tem de integrar e melhorar os impactos da empresa, e, nessa altura, a existência de um projeto sustentável justifica um financiamento sustentável. É preciso identificar os projetos e, só depois, procurar a melhor solução de sustainable finance", diz Olivier Perrain.
"Faz parte da nossa missão acompanhar e aconselhar na estratégia, olhar para o perfil de cada cliente, avaliar a performance ESG geral do cliente, também analisar o setor para posicionar o cliente face aos seus pares. Muitas empresas estão já muito avançadas nesta trajetória. Outras estão ainda a iniciar-se. Para todas é urgente que mantenham ou comecem essa trajetória da sustentabilidade. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas são certamente um bom enquadramento de apoio nesse exercício de mudança necessária".
Os compromissos ESG A Sustainable Finance está muito relacionada com os compromissos ESG (Environmental, Social, Governance) e que servem de base à identificação de riscos e oportunidades e à tomada de decisões de investimento no setor financeiro, levando a mais investimentos de longo prazo em atividades e projetos económicos sustentáveis.
Ambiente - Incluem a análise da utilização dos recursos não renováveis como fatores de produção, ou das externalidades ou outro tipo de efeitos sobre o ambiente, tais como a produção de resíduos ou a emissão de gases com efeito de estufa, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, a prevenção da poluição e a economia circular.
Social - Refere-se a questões de desigualdade, inclusão, diversidade, relações de trabalho, investimento em capital humano, envolvimento de stakeholders e da comunidade e questões de direitos humanos como por exemplo, a escravatura moderna.
Governação - Tem que ver com as estruturas de gestão, relações de trabalho e remuneração de executivos, considerações socioambientais no processo de tomada de decisão, gestão do modelo de negócio e do governo da empresa, as responsabilidades dos administradores e interesses dos stakeholders, questões relacionadas com o suborno e a corrupção, gestão dos riscos, compliance; due diligence de obrigações ESG, proteção de dados e cibersegurança.
Ambiente - Incluem a análise da utilização dos recursos não renováveis como fatores de produção, ou das externalidades ou outro tipo de efeitos sobre o ambiente, tais como a produção de resíduos ou a emissão de gases com efeito de estufa, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, a prevenção da poluição e a economia circular.
Social - Refere-se a questões de desigualdade, inclusão, diversidade, relações de trabalho, investimento em capital humano, envolvimento de stakeholders e da comunidade e questões de direitos humanos como por exemplo, a escravatura moderna.
Governação - Tem que ver com as estruturas de gestão, relações de trabalho e remuneração de executivos, considerações socioambientais no processo de tomada de decisão, gestão do modelo de negócio e do governo da empresa, as responsabilidades dos administradores e interesses dos stakeholders, questões relacionadas com o suborno e a corrupção, gestão dos riscos, compliance; due diligence de obrigações ESG, proteção de dados e cibersegurança.