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Digitalização dos portos vai favorecer oportunidade marítima

Os portos nacionais estão a adotar uma nova plataforma de gestão, que juntará os atores dos transportes de mercadorias. Muito pode mudar depois disso, acredita o setor.

28 de Outubro de 2019 às 10:47
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Está em marcha a implementação da Janela Única Logística (JUL) nos portos portugueses, uma plataforma que estende a lógica da Janela Única Portuária a toda a cadeia logística, integrando no sistema de gestão dos portos todos os meios de transporte terrestres e fazendo a ligação a portos secos e a plataformas logísticas, numa lógica intermodal.
Integrada na Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária (2016-2026) e prevista no Simplex 2018, a medida vai trazer rapidez ao desembarque de mercadorias, ao respetivo tratamento aduaneiro e à chegada ao destino.

A ideia é pôr todos os que intervêm na circulação de mercadorias por via marítima a comunicarem em tempo real, através de processos desmaterializados que falam a mesma língua e que se tornarão mais simples e ágeis.

Em constituição está já também uma comissão nacional para a digitalização dos transportes e da logística, prevista no mesmo diploma, que vai estar focada na simplificação de processos de negócio, para manter atualizado e alinhado com as necessidades o Modelo de Referência Nacional que serve de base à Janela Única Logística.

A JUL já está em funcionamento na Madeira desde abril. Em marcha está a implementação noutros portos do país, como Aveiro e Sines, que anunciou o arranque do piloto em setembro. Setúbal também já definiu calendário para a JUL, que arranca em março de 2020. Até final do próximo ano, todos os portos do país deverão ter seguido o mesmo caminho.

Maior competitividade face a Espanha
A medida é vista pelo setor como uma oportunidade para dar mais competitividade aos portos nacionais, face a alternativas como Barcelona, Valência e outras, e uma forma de potenciar o investimento em infraestruturas dos últimos anos.

"Tudo o que conduz a uma fluidez maior dos fluxos de mercadorias traduz-se em ganhos de eficiência e terá dois tipos de repercussões positivas: satisfação do cliente, seja final seja industrial, e custos", tanto para as empresas como para o cliente final, refere Raul Magalhães. 

"Se tivermos a capacidade de nos posicionar entre os países com processos mais ágeis nos portos, será uma via para colmatar as desvantagens geográficas", acrescenta o presidente da Associação Portuguesa de Logística (APLOG), que vê aqui uma oportunidade de ouro para potenciar a chamada oportunidade marítima. 

A cereja no topo do bolo, defende ainda a APLOG, passaria por complementar a agilização de processos com uma aposta firme na ferrovia. "Se os nossos portos que já são ótimas infraestruturas puderem fazer operações portuárias mais simples e mais ágeis e tivermos uma ferrovia que nos ligue a Espanha, não há razões para que alguém em Madrid use o porto de Barcelona quando pode ganhar um ou dois dias usando o de Sines.

Janela única logística suporta sistema de gestão integrado dos portos
A Janela Única Logística é um projeto financiado pelo Compete, que suporta 85% dos custos do novo sistema de gestão integrado dos portos portugueses. As estimativas de uma integração marítimo-ferroviária e marítimo-rodoviária apontam para benefícios diretos para as empresas envolvidas de 50 milhões de euros nos primeiros três anos após a implementação. O investimento total ultrapassa os cinco milhões de euros.

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