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Setor progride na descarbonização

A exigência social e económica da sustentabilidade crescente dos transportes e da logística vem pôr uma enorme pressão nos intervenientes para apostarem na inovação tecnológica a todos os níveis.

23 de Novembro de 2022 às 09:53

O setor dos transportes e logística está em forte transformação. Há que integrar as mudanças no contexto regulatório, com particular destaque para a descarbonização da economia. Aproveitar as alterações tecnológicas que criam novas capacidades internas e um novo nível de conetividade externo. E estar atento a novos modelos de negócio que conflituam com o status quo, bem como à atração e retenção do talento digital. Estes são alguns dos pontos que estão a induzir a mudança no contexto do setor.

Neste contexto, a exigência social e económica da sustentabilidade crescente dos transportes e da logística vem pôr uma enorme pressão sobre o setor. O mais recente relatório da Agência Europeia do Ambiente sobre Transportes e Ambiente faz notar que, "até à data, o sistema de mobilidade tem tido apenas um êxito limitado na redução das emissões e na transição para modos de transporte mais sustentáveis". O mesmo organismo assinala que os transportes são responsáveis por cerca de um quarto das emissões de gases com efeito de estufa da UE. O transporte rodoviário representa a maior parte destas emissões, que também aumentaram quase 30% nos últimos 30 anos.

Digitalizar e reconfigurar as cadeias

Para Raul Magalhães, presidente da APLOG, "as questões da descarbonização e sustentabilidade ambiental têm grandes oportunidades de melhoria através do aumento e melhoria das viaturas elétricas ou movidas a outras fontes de energia". Neste contexto, a questão do aumento da autonomia das baterias e da redução do custo das viaturas, entre muitos fatores, serão determinantes para o sucesso. O mesmo responsável refere igualmente que "novos modelos de gestão deverão permitir a minimização do conflito entre as necessidades de abastecimento às cidades e a comodidade do cidadão". Para este efeito, o setor tem de aumentar a sua capacidade para reconfigurar as cadeias, digitalizar processos e dados e atrair talento.

Fixar objetivos ambiciosos de sustentabilidade

Neste contexto, a postura de intervenientes no setor, como a CHEP é importante. Ana Paula Sardinha, country general manager CHEP Portugal, faz notar que "ao longo dos anos, a CHEP tem implementado uma estratégia e objetivos ambiciosos no âmbito da sustentabilidade, que felizmente tem conseguido cumprir. Para 2025 definimos objetivos que têm por base uma crença crescente de que o mercado já não quer ser "menos prejudicial" para o ambiente, mas sim ter acesso a uma oferta que permita reduzir significativamente o seu impacto e transformar as suas operações. É por isso que a nossa ambição passa por sermos pioneiros em cadeias de abastecimento verdadeiramente regenerativas."

Aposta nos veículos elétricos de longo curso

Do lado dos fabricantes, a Daimler Truck "está a perseguir o objetivo de um transporte local neutro em termos de CO2", refere em comunicado. O fabricante demonstrou-o com um vasto portefólio de veículos totalmente elétricos no IAA Transportation 2022, que teve lugar em setembro, em Hanôver, Alemanha. O destaque da Daimler Truck foi a apresentação do camião elétrico de longo curso Mercedes-Benz eActros LongHaul, com uma autonomia de até 500 quilómetros. O modelo inovador pretende "demonstrar-se como escolha certa para os seus clientes em termos de rentabilidade, sustentabilidade e fiabilidade", informa a empresa. Os primeiros protótipos já estão a ser submetidos a testes intensivos e o eActros LongHaul será testado em estradas públicas ainda este ano, com a produção em série prevista para 2024.

PRR pode impulsionar transformação da logística em Portugal

Desta forma é claro que a eletrificação, digitalização e automação da atividade de transporte e logística é uma tendência de futuro. Para o presidente da APLOG, "esta é uma área onde ainda se tem um longo caminho a percorrer". "Pequenos passos estão a ser dados para responder ao alto crescimento do comércio eletrónico, mas as grandes transformações digitais ainda são uma visão longínqua, no que diz respeito às novas capacidades analíticas para lidar com a alta volatilidade da procura, com os ciclos de planeamento mais curtos e ágeis, recorrendo ao uso da inteligência artificial na gestão de processos logísticos, etc."

Em Portugal, segundo o responsável, "espera-se que num futuro próximo se leve a cabo um grande programa de investimento na economia portuguesa aproveitando os fundos europeus disponíveis (PRR e PT2030) – com a consciência da necessidade de transformação e o sentido de urgência para a implementar".

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