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Ensino Superior 2019
Notícia

Universidade e politécnico conquistam preferências

A larga maioria dos estudantes portugueses escolhe a via do ensino universitário ou politécnico para dar seguimento aos seus estudos.

15 de Julho de 2019 às 16:52
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O ensino superior – seja em universidades ou institutos politécnicos – é ainda o caminho preferencial da larga maioria dos jovens portugueses que terminam o secundário. Com a primeira data de candidaturas mesmo ao virar da esquina, importa perceber como está, afinal de contas, este setor em Portugal e quais as expectativas que pode ter quem se candidata pela primeira vez à universidade.

 

 

Segundo dados do PORDATA, em 2018 estavam matriculados no ensino superior 372.753 mil indivíduos, dos quais 172.235 eram do sexo masculino e 200.518 do sexo feminino.

 

 

Por seu lado, mais de 70% dos alunos inscritos em 2017/2018 (últimos dados disponíveis) no ensino superior público e privado em Portugal frequentavam universidades e politécnicos da Área Metropolitana de Lisboa e do Norte do país.

 

 

Assim sendo, os números da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência indicam que, dos estudantes inscritos em 2017/18 nas universidades e politécnicos públicos e privados do país, 37,6% frequentaram instituições na Área Metropolitana de Lisboa e 32,5% no Norte. No Centro, os dados referentes ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior indicam um total de 21,8% inscritos no mesmo ano letivo, no Alentejo são 4,1% e no Algarve apenas 2,1%. A Região Autónoma da Madeira conta com 0,8% do universo estudantil e os Açores com 0,7%.

 

 

Valores europeus


Se olharmos para o panorama europeu, rapidamente percebemos que a Europa ainda só forma metade dos seus jovens com 18 anos, motivo pelo qual se torna necessário acelerar o processo de alargamento do acesso ao ensino superior. A este propósito, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ressalvou que existem "desigualdades no acesso" e problemas a nível demográfico, "em particular em Portugal, já que estamos num processo de envelhecimento da população e se hoje temos 120 mil jovens com 18 anos, em 2030 vamos ter 85 mil jovens com 18 anos".

 

 

Uma outra importante questão a ter em conta diz respeito ao conceito de paridade, por exemplo, nos cargos de gestão a nível universitário. Embora o universo feminino esteja em destaque no ensino superior, enquanto estudantes, Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica Portuguesa, foi a primeira mulher a ocupar o cargo. Na realidade, "apenas 12% das universidades são geridas por mulheres", notou esta responsável.


Como se calcula a média de acesso?

Deverá começar por calcular a média final do ensino secundário, segundo regras de aritmética simples que integram as notas finais de todas as disciplinas, exceto a de Educação Física. É importante referir que a média do secundário é calculada de forma diferente, consoante o curso. Aos valores juntam-se as notas dos exames nacionais e o peso que a instituição escolhida atribui a cada um dos itens

EXEMPLO PRÁTICO:

. Se a sua média final do secundário for de 14,4 e a instituição de ensino superior atribuir um peso de 60%, então deverá multiplicar 144 por 0,6. O resultado seria de 86,4.
. Se o exame nacional que conta como prova de acesso ao ensino superior tiver um peso de 40%, multiplica-se a nota desse exame por 0,4. No caso de a nota ser de 15 valores, multiplicamos 150 por 0,4. O resultado será 60.
. A média de acesso ao ensino superior é a soma dos dois valores: 86,4 + 60, ou seja, 146,4.


Bons conselhos para sobreviver ao primeiro ano no ensino superior

Ser assíduo nas aulas

Embora possa parecer até muito tentador faltar a algumas aulas quando se frequenta a universidade, na realidade os alunos terão maiores hipóteses de êxito nas frequências e exames se forem estudantes assíduos.

Estabelecer horários de estudo

Utilizar uma agenda – em papel ou digital – na qual se possa anotar os horários das aulas, datas de exames e os tempos livres é meio caminho andado para o sucesso. Desta forma, existe um maior domínio sobre o tempo e torna-se mais fácil definir com precisão os períodos de estudo.

Ter os apontamentos organizados

São uma excelente ferramenta de trabalho. Os apontamentos poupam tempo na altura de estudar e, quando bem organizados, são ainda um bom complemento aos livros. Por outro lado, escrever ajuda a memorizar e a aumentar a concentração nas aulas.

Começar a estudar com antecedência

Não deixar tudo para o último dia é, talvez, um dos melhores conselhos que podemos deixar. Estudar com antecedência, seja sozinho ou em grupo, é meio caminho andado para resultados de excelência.

Definir grupos de trabalho

Estabelecer vínculos com os colegas de turma é igualmente determinante. Só desta forma será possível tirar maior partido quando se desenvolvem trabalhos de grupo e assegurar rendimentos de mais alto nível.




E quando se estuda longe de casa


Uma das preocupações de pais e jovens candidatos nesta altura do ano passará, certamente, pelo local do país onde o estudante vai ser colocado. São vários milhares aqueles que se encontram deslocados, relativamente ao seu local de origem, vendo-se na necessidade de encontrar um sítio para morar longe de casa, mas perto da unidade de ensino superior onde vão estudar.

 

 

O arrendamento de espaços a estudantes – sejam eles casas ou pequenos quartos – tem sido um dos motivos que mais queixas geram. A verdade é que as residências estudantis são escassas para as necessidades e o mercado de arrendamento privado tem visto disparar os preços, pesando cada vez mais no orçamento das famílias com filhos a estudar longe.

 

 

Com o intuito de colmatar esta situação, o Governo anunciou recentemente o Plano Nacional para Alojamento no Ensino Superior que visa criar 11.500 camas até 2022. Ainda de acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, o número das atuais 15 mil camas quase duplicará no horizonte de 10 anos.

O plano em causa será faseado e incremental, podendo mesmo vir a ser aumentado. Para já, são 263 imóveis de diferentes dimensões em 42 concelhos que têm ordem de transformação em residências universitárias.





 

 

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