Completam-se este ano duas décadas sobre a oficialização da Declaração de Bolonha. Assinada em 1999 por 30 países (que mais tarde viriam a ser 45) e que foi posteriormente complementada pelos comunicados de Praga (2001) e Berlim (2003), a Declaração de Bolonha está na génese da criação do Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES).
O objetivo desta declaração é que, mesmo preservando todas aquelas que são as características essenciais dos sistemas de ensino de cada Estado-membro, passou a ser possível a qualquer estudante iniciar a sua formação académica, continuar os seus estudos, concluir a sua formação superior e conquistar um diploma europeu com validade e reconhecimento em todos os países da União Europeia.
Na realidade, Bolonha será, eventualmente, um dos nomes mais reconhecidos e falados no universo universitário, já que se tratou de um processo que implicou algumas das maiores mudanças, nos últimos anos, no ensino superior.
Mudaram planos curriculares e cadeiras formativas, tentando-se, desta forma, assemelhar os diferentes ciclos aos anos exigidos para completar cada um. Assim sendo, uma licenciatura que era habitualmente feita em quatro a cinco anos passou para apenas três e são vários os mestrados que se apresentam agora muito mais profissionalizantes.
Uma outra alteração disse respeito à necessária implementação de instrumentos destinados a facilitar a mobilidade e a empregabilidade, tal como o sistema de créditos ECTS (European Credit Transfer and Accumulation System) ou ainda a escala europeia de comparabilidade de classificações.
Em Portugal, as instituições de ensino superior viram-se obrigadas a preparar toda a sua oferta nesse sentido, algo que foi conseguido, na sua larga maioria, dentro do prazo estipulado, e que seria até 2009/2010.
Vinte anos passados, o caminho para Bolonha fez-se com êxito, acredita a larga maioria dos especialistas no setor da educação, embora haja ainda muito trabalho por fazer no Espaço Europeu de Ensino Superior.
1.º Ciclo: compreende as licenciaturas;
2.º Ciclo: compreende os mestrados;
3.º Ciclo: compreende os doutoramentos.