Terminar os estudos e entrar no mercado de trabalho nem sempre é tarefa fácil, até porque há portas que dificilmente se abrem ao contrário de outras que podem ser sinónimo de emprego garantido.
Na verdade, esta poderá ser uma das maiores preocupações de quem termina um curso superior, mas é também, e cada vez mais, um fator de peso para quem começa a sua formação superior. Na hora de escolher o curso, são já muitos os jovens que olham para os que maiores hipóteses lhes dão no mercado de trabalho.
De acordo com os dados mais recentes, disponíveis no Portal Infocursos, que analisou os cursos de Técnico Superior Profissional (TeSP), de licenciatura 1.º ciclo, de mestrado integrado e de mestrado 2.º ciclo, ministrados em estabelecimentos de ensino superior portugueses com oferta ativa e registo válido a 31 de dezembro passado, há 63 cursos superiores e mestrados com emprego garantido. Do outro lado da tabela, contam-se qualquer coisa como 31 os que apresentam a maior taxa de desemprego.
Pela positiva, o topo da tabela é ocupado por áreas que não a medicina: Teologia (numa instituição privada) e Matemática Aplicada (numa pública). Ambas apresentam valores de desemprego zero.
Os dados têm em conta o valor percentual de recém-diplomados registados como desempregados no IEFP — Instituto do Emprego e Formação Profissional e passaram a integrar, além de licenciaturas, também mestrados integrados ao mesmo tempo que se calcula a média dos últimos quatro anos.
Neste caso, e além dos cursos já referidos, a mesma tabela contempla ainda áreas de estudo como Turismo, Psicologia, Gestão, Educação Básica, diferentes engenharias, Enfermagem e, sim, os habituais cursos de Medicina.
O reverso da medalha integra cursos com muito baixa taxa de empregabilidade ou disponibilidade zero. Falamos aqui de Serviço Social (numa instituição privada) e Comunicação Multimédia (ministrado numa entidade pública). De resto, a formação superior associada a Marketing, Publicidade e Comunicação apresenta, regra geral, baixos índices de empregabilidade.
Numa comparação entre entidades de ensino superior públicas e privadas, percebe-se, por via dos dados disponibilizados no mesmo portal, que a taxa de desemprego entre os jovens recém-licenciados em instituições públicas é de 3,4% (menos 2% do que no último ano) e nas privadas de 4,1% (menos 1,6%). Contas feitas, são menos 36% os finalistas que se inscreveram no desemprego por via do IEFP.