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Energias Renováveis 2021
Notícia

Pandemia de covid-19 sem impacto nas renováveis

A produção de energias renováveis tem vindo a ultrapassar com distinção este período de pandemia, prevendo-se um desinvestimento na energia nuclear.

22 de Março de 2021 às 12:25
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Apesar de todas as dificuldades que tem representado esta recente pandemia da covid-19 para a economia mundial, a verdade é que a mesma tem contribuído para acelerar o desenvolvimento de novos modelos de negócios pelas empresas de energia. Segundo dados da PwC, as atenções estão centradas nas energias renováveis, prevendo-se que esta tendência conduza o setor à próxima etapa da transição energética e em direção à meta de zero emissões de carbono até 2050.

 

 

Na Grã-Bretanha, por exemplo, segundo dados da National Grid — entidade responsável pela gestão da rede britânica de geração e distribuição elétrica —, este período de pandemia foi o mais longo, desde 1822, em que o sistema elétrico operou sem a necessidade de acionar centrais de carvão. A procura conseguiu ser respondida por via da utilização de 39% de fontes renováveis, 30% de gás natural e 21% de energia nuclear, além de uma parte importada.

 

Do outro lado do Atlântico, o Brasil tem assegurado igualmente um importante crescimento das energias renováveis como a solar, a eólica e o gás natural.

 

 

Menos poluição no ar

 

 

Não sem muita admiração se falou, logo desde o início desta pandemia, que o inevitável confinamento a que os países tiveram de se submeter em muito contribuiu para um planeta mais limpo e um ar mais respirável. Na realidade, a crise da covid-19 demonstrou que é possível viver sem poluição e sem barulho, melhorando a qualidade de vida nas grandes cidades. Num futuro próximo, a eletrificação do transporte e dos sistemas de climatização vai acabar por permitir a redução das emissões de gases de efeito estufa, que é algo cada vez mais premente.

 

 

A atuar no mercado de energias renováveis, Vincent Vangeel, CEO da Solcor, assegura que "o setor da energia solar fotovoltaica não foi dos mais afetados". Embora tenha sido necessário ultrapassar alguns desafios, caso dos "atrasos em vários processos e no desenvolvimento de novas oportunidades de negócio devido à impossibilidade em agendar reuniões presenciais e incertezas internas de muitas indústrias", a verdade é que o mercado não parou. A Solcor acredita ainda que "oferecer uma solução que é capaz de gerar poupanças sem qualquer investimento tem sido vista com bons olhos por muitas empresas numa altura crítica como esta", diz ainda Vincent Vangeel.

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