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Sustentabilidade está no ADN da EGF

Líder na sua valorização e tratamento, a EGF recolhe anualmente 3,3 milhões de toneladas de resíduos em 60% do território nacional. Recolha seletiva aumentou 5% em 2023.

11 de Julho de 2024 às 11:28
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Serve 6,3 milhões de portugueses distribuídos por 174 municípios, processando anualmente cerca de 3,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos. A EGF é parte do Grupo Mota-Engil e é a empresa líder no tratamento e valorização de resíduos em Portugal, mas mais conhecidas dos cidadãos são as 11 empresas concessionárias destes serviços, que a EGF constituiu em parceria com os municípios: Algar, Amarsul, Ersuc, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valorlis, Valorminho, Valnor e Valorsul.





Desta forma, a EGF lidera um setor que é responsável por assegurar o tratamento e valorização dos resíduos, da forma ambientalmente mais correta e economicamente mais sustentável, e é uma empresa para quem a sustentabilidade é uma problemática fundamental. Conforme sublinha Emídio Pinheiro, CEO da EGF: "A sustentabilidade está no ADN da EGF e da Mota-Engil. A nossa atividade de recolha e tratamento de resíduos visa precisamente contribuir de forma muito direta para tornar o nosso mundo mais sustentável."

 

Sustentabilidade tema de sempre

Esta é uma atividade particularmente exigente, como nota Ana Loureiro, diretora de Marketing e Comunicação da Mota-Engil - Ambiente e Serviços: "A sustentabilidade para nós é mais do que o assunto do momento, é um tema de sempre, que nos incentiva a ser mais eficientes, a prestar o melhor serviço público possível, a combater as alterações climáticas, e a prestar atenção também à nossa cadeia de valor para que todos estejamos comprometidos em entregar o melhor serviço possível ao cidadão." Recorde-se que a EGF existe há 76 anos, mas foi nos últimos 45 anos que protagonizou a enorme evolução do país na área ambiental, com o encerramento das lixeiras, o início da reciclagem, e o investimento na produção deenergia a partir dos resíduos, entre outros desenvolvimentos.

"É de destacar o papel dos municípios, que são nossos acionistas e os nossos principais clientes, com quem definimos as estratégias mais importantes de atuação e com quem trabalhamos com o objetivo comum de tratar e valorizar os resíduos", afirma Ana Loureiro. Uma missão que também depende da colaboração e do empenho dos cidadãos na recolha seletiva e na reciclagem e valorização dos resíduos. Neste contexto, a evolução tem sido positiva. A EGF registou, em 2023, um aumento de 5% na recolha seletiva de resíduos, onde se incluem embalagens, madeira, bio resíduos e monstros.

"Queremos trazer mais inovação e mais eficiência para a nossa operação e para os nossos processos de negócio." Emídio Pinheiro, CEO da EGF

Recolha seletiva cresce

Olhando para o detalhe do relatório recentemente apresentado pela empresa, verificamos que a recolha seletiva de papel e cartão registou um aumento de 1.3%, e a recolha de plástico e metal subiu 3.3%, "espelhando o contínuo investimento por parte da EGF em aumentar a capacidade de recolha das suas concessionárias, através dos ecopontos, da recolha doméstica porta-a-porta e da recolha junto do comércio", refere a empresa em comunicado. No entanto, a recolha seletiva de vidro contraria a tendência de crescimento, tendo-se reduzido em 2.4%. Também se registou um decréscimo da receção de resíduos indiferenciados de -1,3%, o que já ilustra uma tendência descendente positiva. Já a recolha seletiva de bio resíduos registou um crescimento de 24%, sendo de realçar que esta é uma recolha que se encontra numa fase inicial em todo o país.

 

Atualmente, a atividade da EGF é guiada por três grandes prioridades, como explica Emídio Pinheiro: "Em primeiro lugar, estamos empenhados em entregar mais valor aos nossos stakeholders, seja através da redução da sua pegada ambiental, seja através de uma maior eficiência na utilização dos recursos." Uma segunda vertente de ação, segundo o CEO, "é a utilização de inovação e tecnologia, num setor que está sempre a evoluir. Queremos trazer mais inovação e mais eficiência para a nossa operação e para os nossos processos de negócio". Finalmente, refere, "estamos comprometidos em capacitar e formar as pessoas para enfrentarem melhor os desafios da sustentabilidade". Para o CEO, "estas três prioridades resumem, e são a essência, daquilo que são os nossos principais desafios nos dias de hoje.

 

Trunfos EGF

Para enfrentar os desafios da sustentabilidade, a EGF conta com vários trunfos, afirma Ana Loureiro. "Nós temos uma enorme experiência no setor, com equipas com muito conhecimento e temos uma grande capacidade operacional", refere. Para além do conhecimento do setor e das suas dificuldades, a diretora sublinha, "uma assinalável relação de proximidade com as comunidades e com os municípios, que é fundamental para enfrentar os desafios". De entre os desafios que o setor enfrenta, Ana Loureiro sublinha "as condicionantes regulatórias, as incertezas legislativas, e o desequilíbrio económico do modelo regulatório". Outras questões que se colocam à atividade da EGF são, para a responsável, "a dificuldade de recrutamento e a rotatividade do pessoal, bem como a necessidade continua de investimentos avultados nas infraestruturas".

 

No entanto, a evolução tecnológica e económica veio também criar oportunidades em termos de sustentabilidade. Segundo Ana Loureiro, "vivemos uma época fantástica no que diz respeito à evolução e à inovação tecnológica, nomeadamente no que diz respeito às energias renováveis e aos biocombustíveis, à maximização da produção energética, e à promoção da biodiversidade". Exemplos da importância crescente da inovação e da evolução tecnológica do setor são alguns dos projetos em que a EGF está atualmente envolvida, como "a parametrização e implementação de uma ferramenta de gestão de informação não financeira ou a implementação do programa de cibersegurança", destaca a responsável.

 

Educação e sociedade

Uma linha de ação de grande importância para a EGF, na promoção da sustentabilidade é, segundo Ana Loureiro, "os projetos de educação ambiental e apoio social que desenvolvemos junto das comunidades, que são bastante diversificados e dirigidos a diversos públicos-alvo e a vários níveis de ensino". Neste contexto de sensibilização da população, a responsável destaca ainda "a nossa Linha da Reciclagem, que recebeu no ano passado mais de 55 mil contactos de todo o país, vindos de cidadãos que querem pôr questões, fazer reclamações, e pedir serviços".

 

Nesta visão mais ampla da sustentabilidade, há que referir que, no âmbito do Grupo Mota Engil, já se publica o seu relatório de sustentabilidade, e este grupo tem atualmente um departamento dedicado à sustentabilidade, encarregue de dinamizar a sustentabilidade internamente e de reportar e divulgar externamente as ações e objetivos do Grupo nesta área. Neste contexto, o Grupo Mota Engil definiu, no seu plano estratégico, quatro objetivos ESG a implementar. O primeiro é a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2050. O segundo é ter 80% dos resíduos recebidos valorizados até 2030. O terceiro é a redução de acidentes de trabalho em 50% até 2026. O quarto objetivo é ter 30% dos cargos de gestão ocupados por mulheres no mesmo ano.

"É de destacar o papel dos municípios, que são nossos acionistas e os nossos principais clientes, com quem definimos as estratégias mais importantes de atuação." Ana Loureiro, diretora de Marketing e Comunicação da Mota-Engil

Monitorar e reportar

Neste contexto de realização dos objetivos, como sublinha Ana Loureiro, "a monitorização é muito forte e constante. Monitorizamos muitos indicadores internos nas nossas instalações, de qualidade do ar, da água, o ruído, etc." Essa monitorização, afirma, "estende-se a indicadores de serviço, como as quantidades de resíduos recolhidas, valorização de resíduos, comportamento do consumidor, satisfação e orientação ao cliente, e que se traduzem numa avaliação contínua que deve resultar numa melhoria do nosso desempenho". Esses indicadores "são públicos e dão origem a estudos, alguns conduzidos por entidades independentes, outros internos, mas tudo divulgado com total transparência", garante a responsável.

 

Na base de todo o esforço de desenvolvimento da sustentabilidade está também o compromisso do Conselho de Administração da EGF com a sustentabilidade como desígnio. Como explica Emídio Pinheiro, "o Conselho de Administração da EGF assumiu vários compromissos para que seja possível atingir os nossos objetivos. Em primeiro lugar, colocar o ESG, ou seja, a sustentabilidade em todas as suas dimensões (ambiente, social e governança) , no topo das prioridades da gestão. O que inclui o envolvimento e a participação de todas as equipas neste processo e neste desafio". O segundo compromisso é, afirma o presidente, "ter um processo de inovação permanente, estruturado e organizado, de forma que estejamos sempre a trazer para dentro da EGF o que de melhor se faz, em todo o mundo, em termos de tecnologia e de processos de negócio". Finalmente, "temos um grande compromisso com a segurança no trabalho. Sabemos que a nossa atividade é muito suscetível a acidentes de trabalho e damos uma grande prioridade à sua redução", conclui.

 

Este compromisso reflete-se no apoio a iniciativas que promovem a sustentabilidade junto da sociedade e das empresas. É o caso do Negócios Sustentabilidade 20/30. "Fizemos questão de apoiar esta iniciativa pioneira, desde o primeiro momento. Para além de ser uma inspiração para outros media, dá visibilidade aquilo que de melhor se faz em Portugal", recorda. Na perspetiva da responsável, "a iniciativa serve de inspiração a empresas e organizações que queiram desenvolver atividades na área da sustentabilidade, dando bons exemplos."


A EGF em números


1947

Ano da fundação

11 Empresas concessionárias

174 Municípios abrangidos

6,3 Milhões de portugueses servidos

3,3Milhões de toneladas de resíduos tratados anualmente


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