A preocupação com o ambiente e a transição energética não é de agora; há vários anos que se pensa e traçam estratégias para chegar a bom porto neste campo. Em 2015, o então Acordo de Paris veio impor uma mudança de paradigma na sociedade, com o reconhecimento explícito de que apenas com o contributo de todos é possível ultrapassar o desafio das alterações climáticas e travar o aquecimento global do planeta.
Entre os diferentes pacotes e programas de ação que vão surgindo, entretanto, contam-se o Pacote Energia Clima 2030, o Pacote Mobilidade Limpa e o Pacote Energia Limpa para todos os Europeus.
Assim sendo, para ajudar a promover a transição energética na década 2021-2030, foi criado um pacote de medidas europeu, depois adaptado por cada Estado-membro à sua realidade muito particular. A ideia é estabelecer metas e objetivos em matéria de emissões de gases com efeito de estufa, energias renováveis, eficiência energética, segurança energética, mercado interno e investigação, inovação e competitividade, bem como uma abordagem clara para o alcance dos mesmos.
No caso de Portugal, existem fortes argumentos para continuar a construir uma estratégia rumo à neutralidade carbónica e a uma economia neutra em carbono, baseada em fontes de energia renovável, com foco na eficiência energética e no consumidor de energia. Prova disso é a ambição que se tem defendido, quer a nível nacional quer europeu, para as metas no horizonte 2030.
Assim sendo, o PNEC, como instrumento de política nacional para a definição das linhas estratégicas para a próxima década rumo à neutralidade carbónica, deverá apresentar-se necessariamente alinhado com as visões e narrativas definidas no RNC 2050. Da mesma forma, tratando-se de um instrumento decisivo para a definição dos investimentos estratégicos para a próxima década na área da energia, o PNEC estará também alinhado com o Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI).
A União Europeia aprovou metas ambiciosas que visa alcançar, em 2030:
- 32% de quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto;
- 32,5% de redução do consumo de energia;
- 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa relativamente aos níveis de 1990;
- 15% de interligações elétricas.
(Fonte: Portugal Energia)