Os veículos premium têm resistido melhor à pandemia do que os restantes segmentos, apesar de a queda das vendas ser transversal a todas as marcas. Segundo os dados divulgados em setembro pela Associação dos Construtores Europeus Automóvel (ACEA), nos primeiros oito meses de 2020, a procura de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia (UE) diminuiu 32%. Ao todo, pouco mais de 6,1 milhões de carros novos foram vendidos em toda a UE de janeiro a agosto, quase 2,9 milhões a menos do que no mesmo período do ano passado.
Todavia, e como supracitado, algumas marcas premium, sofreram um embate menor. Os registos dos carros novos vendidos na UE revelam que a Porsche foi a única que teve uma quebra de menos de 10%, pois as vendas recuaram 8,5%, para 34.682 unidades.
Nota ainda para a DS, marca premium do grupo PSA, a qual teve igualmente uma descida bastante inferior à do mercado, com uma quebra de 13,6%, para 24.993 veículos. Em terceiro lugar do pódio das marcas que sofreram um embate menor nas suas vendas surge a alemã BMW, que registou uma quebra de 20,2%.
A Audi, marca premium, também foi bastante afetada pela pandemia. Não obstante, Pedro Machado, Audi Fleet Manager, explica que a marca teve "até agora uma quebra de 29%, o que dentro de um cenário muito mau é positivo cair menos do que o mercado", que terminado o mês de setembro registou uma quebra global de 39%.