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30 anos em Comunidade Intermunicipal
Notícia

A Universidade de Aveiro e a região – uma relação estreita e antiga

Parceria institucional com a CIRA tem muitos anos. Cimentou-se quando a UA liderou a elaboração do Programa Territorial de Desenvolvimento (2007-2008), que concentrou as candidaturas dos municípios da região a financiamentos pelos fundos FEDER do Programa Operacional do Centro.

16 de Outubro de 2019 às 11:20
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A Universidade de Aveiro (UA) definiu, desde a sua criação, que a relação com a região, as suas empresas e o seu tecido institucional era uma missão estratégica. Não há melhor ilustração desta atitude do que o facto de o primeiro curso oferecido pela universidade, numa altura em que ainda não tinha instalações próprias, ter decorrido no Centro de Estudos de Telecomunicações, antepassado da atual ALTICE LABS. Desde então, o relacionamento com a região, considerada como um território mais alargado do que a Comunidade Intermunicipal de Aveiro (CIRA), tem sido intenso e repartido por diversos parceiros e vários ramos de atividade.

 

No que respeita às parcerias institucionais, destaca-se a cooperação com a CIRA que, tendo as suas raízes na criação há cerca de 30 anos da AMRIA (Associação de Municípios da Ria de Aveiro), teve um impulso fundamental quando a UA foi convidada a liderar a elaboração do Programa Territorial de Desenvolvimento (2007-2008), o qual concentrou todas as candidaturas dos municípios da região a financiamentos pelos fundos FEDER do Programa Operacional do Centro. Desde então, a UA tem tido um papel determinante na definição e futura revisão da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial da região. A par de ações de âmbito territorial mais alargado, refira-se a responsabilidade da UA na elaboração de Planos Estratégicos, Cartas Educativas e outros instrumentos de planeamento municipal e intermunicipal no espaço da CIRA.

 

Destaquem-se ainda as parcerias Aveiro TechCity e Aveiro Steam City. A primeira envolve a câmara municipal, a UA e entidades do setor empresarial e associativo (ALTICE LABS, Instituto de Telecomunicações, INOVARIA, Bosch, Nokia, Navigator, OLI, Transdev e Veolia), para promover a inovação e a criatividade, como meios de desenvolver com os cidadãos uma sociedade inteligente, aberta e sustentável. A segunda é uma iniciativa no âmbito das Urban Innovative Actions, focada no desenvolvimento em Aveiro de competências STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathmatics). Como uma universidade não se pode confinar à sua região, a esfera de ação das parcerias com a administração pública e o terceiro setor estende-se a todo o território nacional.

 

Projetos com empresas

 

No que se refere à cooperação com as empresas, há que referir o grande número de projetos de copromoção, de projetos mobilizadores e de laboratórios colaborativos em que a UA está envolvida, além da prestação direta de serviços a empresas, no domínio da investigação e desenvolvimento, mas também nas áreas das análises laboratoriais e da utilização de instrumentos especializados como microscópios eletrónicos e equipamentos de ressonância magnética nuclear. É ainda interessante destacar o caso da Escola Superior Aveiro Norte em Oliveira de Azeméis. Além de ter instalações e estar em terrenos do município, está aberta às empresas locais, que com ela colaboram em projetos de investigação e atividades letivas, partilhando equipamentos, fornecendo estágios e recebendo valiosos quadros técnicos cuja oferta é cada vez mais escassa.

 

Registem-se por fim dois casos de cooperação regional que é importante realçar. O primeiro é o lançamento de um programa doutoral dedicado às empresas, que irá conferir o título DBI (Doctor in Business and Innovation). Os candidatos são indicados pelas empresas, que definem quem querem e o que querem investigar. O doutoramento está em fase de acreditação, mas já tem alunos, que obterão o seu grau após o programa estar acreditado. Tendo estabelecido uma parceria com a Universidade Técnica de Munique, este doutoramento conta já com a adesão de empresas como a Corticeira Amorim, Grupo Simoldes, Grupo Prifer, FEPSA, OLI, Levira, Revigrés e Bosch.

 

O segundo caso refere-se ao Parque de Ciência e Inovação (PCI), em Ílhavo. Congregando instituições públicas (UA, CIRA, municípios de Aveiro e Ílhavo, Caixa Geral de Depósitos e Porto de Aveiro) e privadas (Novo Banco, Civilria, Irmãos Martins, Visabeira, Exporlux, Ramalhos, Prifer, Associação Industrial do Distrito de Aveiro, Portus Park, Inovaria, e não só), o Parque tem já cerca de 400 pessoas que nele trabalham e alberga a Incubadora da UA, com mais de 30 empresas nascentes e elemento central da IERA – Incubadora de Empresas da Região de Aveiro. É também o local na qual está a crescer a Design Factory, onde cooperam empresas tecnológicas e unidades de investigação da UA e se estabelecem empresas de base nacional e internacional que procuram um ambiente em que podem aproveitar os recursos existentes e encontrar uma atmosfera de investigação, reflexão e criatividade afastada das preocupações quotidianas do mundo empresarial.

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