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Ao minuto21.09.2023

Fed ofusca pausa nos juros do BoE e lança maré vermelha na Europa

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.
Kai Pfaffenbach /Reuters
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21.09.2023

Fed ofusca pausa nos juros do BoE e lança maré vermelha na Europa

As principais bolsas europeias terminaram a sessão desta quinta-feira no vermelho, num dia em que as perspetivas de uma política monetária mais dura por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA ofuscaram a pausa na subida dos juros do Banco de Inglaterra (BoE na sigla em inglês).

Na quarta-feira, a principal bolsa britânica valorizou depois de ter sido divulgado que a inflação recuou inesperadamente em agosto, aliviando a pressão sobre o banco central britânico. Os investidores já tinham dado como certa uma subida de 25 pontos base, o que acabou por não se concretizar na reunião que decorreu hoje e na qual os decisores optaram por manter os juros inalterados.

O Stoxx 600, referência para a região, desvalorizou 1,3% para 454,67 pontos, tratando-se da maior queda em sete semanas. Praticamente todos os setores terminaram a sessão com perdas, tendo o das viagens sido o que mais deslizou (-3,15%), seguido pelo dos recursos naturais (-2,56%). Apenas o setor do retalho registou ganhos, tendo subido 0,16%.

Entre as principais movimentações, o grupo Ocado perdeu 19,87% para 6,478 libras por ação depois de uma revisão em baixa por parte de Andrew Gwynn, analista do BNP Paribas. O analista retomou a visão negativa sobre a empresa e baixou a recomendação de "neutral" para "underperform". 

Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 recuou 1,33%, o francês CAC-40 cedeu 1,59%, o italiano FTSE Mib perdeu 1,78%, o britânico FTSE 100 deslizou 0,69%, o espanhol Ibex 35 caiu 1% e o AEX, em Amesterdão, desvalorizou 0,89%.

21.09.2023

Juros agravam-se na Zona Euro com sinais de política monetária dura durante mais tempo

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que também as principais bolsas europeias negoceiam com perdas, não existindo também sinais de um maior apetite pelo risco. 

Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aumentaram 4,9 pontos base para 3,443% e a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, subiram 3,6 pontos base para 2,732%.

A rendibilidade da dívida francesa agravou-se 4,1 pontos base para 3,273%, os juros da dívida espanhola avançaram 4,8 pontos base para 3,792% e os juros da dívida soberana italiana aumentaram 9,1 pontos base para 4,534%.

Os investidores estão assimilar as palavras e projeções mais "hawkish", ou seja mais duras, da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. A ideia transmitida pelo presidente do banco central, Jerome Powell, na quarta-feira foi de que os juros vão manter-se elevados durante mais tempo e 2024 trará menos cortes do que o anteriormente previsto. Pelo menos é essa a perspetiva dos decisores de política monetária à data.

21.09.2023

Petróleo sobe com bloqueio da Rússia à venda de combustível

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, depois de ontem terem feito uma pausa no movimento de ganhos.

 

A Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora do círculo de quatro ex-Estados soviéticos, com efeito imediato, de modo a estabilizar o mercado doméstico. A decisão desviou as atenções dos reveses económicos no Ocidente – que voltaram a focar-se na menor oferta de crude até ao final de 2023.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,54% para 90,14 dólares por barril.

 

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,32% para 93,83 dólares.

21.09.2023

Euro ganha face ao dólar

Em julho, o valor dos depósitos bancários das famílias aumentou 1,3 mil milhões de euros. Foi a segunda subida consecutiva, mas pode ainda ser cedo para falar em viragem.

O euro está a valorizar face à divisa norte-americana numa sessão que tem sido marcada por ganhos para a nota verde. 

O euro valoriza 0,09% para 1,0671 dólares, tendo recuperado algum terreno face à moeda norte-americana. 

Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda perante dez divisas rivais - ganha 0,05% para 105,387 pontos. A dar força ao dólar estiveram dados do emprego mais robustos do que o esperado pelos economistas. O número de novos pedidos de subsídio de desemprego caiu em 20 mil para 201 mil na semana passada, tratando-se do nível mais baixo desde janeiro.

Estes dados estão a ser vistos como um reforço à posição da Fed de que as taxas de juro devem manter-se em níveis elevados durante mais tempo. O banco central optou por manter os juros inalterados na reunião deste mês, que terminou ontem, mas o "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores - e as projeções económicas sinalizam uma visão menos otimista para a inflação e prevê menos cortes em 2024 do que o antecipado em junho.

21.09.2023

Ouro desliza com dólar mais forte

Bancos centrais compraram bastante metal amarelo no ano passado.

O ouro está a desvalorizar, num dia em que os investidores digerem as novas projeções e comentários da Reserva Federal (Fed) dos EUA. O banco central mostrou uma posição mais "hawkish", ou seja mais dura, no que diz respeito à evolução das taxas de juro, sinalizando que vê agora os juros em níveis elevados durante mais tempo.

O metal precioso perde num dia em que o dólar valoriza. O ouro e a moeda norte-americana têm uma correlação negativa, uma vez que, por ser denominado na nota verde, quando o dólar valoriza fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.

O ouro a pronto desliza 0,49% para 1.920,86 dólares por onça, o paládio cai 0,71% para 1.257,19 dólares e a platina cede 0,5% para 926,20 dólares.

21.09.2023

Wall Street com perdas na primeira sessão pós-Fed

As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, num dia em que novos dados do emprego mostram que o mercado de trabalho nos Estados Unidos continua robusto.

O S&P 500 desvaloriza 0,77% para 4.368,28 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,59% para 34.239,26 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,92% para 13.345,49 pontos.

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego desceu em 20 mil para 201 mil na semana passada, o nível mais baixo desde janeiro, indicando que o mercado laboral continua a dar força à economia. O recuo foi mais baixo do que o estimado pelos analistas ouvidos pela Bloomberg e reforçam a visão de que as taxas de juro deverão manter-se altas durante mais tempo, uma vez que a robustez do mercado laboral foi precisamente um dos indicadores mencionados pelo presidente da Fed, Jerome Powell, na conferência de quarta-feira que se seguiu ao encontro de política monetária do banco central. 

Além do número de novos pedidos de subsídio de desemprego, também o número de pessoas que já beneficiam dos apoios diminuiu: caiu para 1,66 milhões, o nível mais baixo desde o início do ano.

"Existe uma ressaca pós-Fed no mercado e nuvens negras sobre Wall Street", afirmaram analistas do Bespoke Investment Group, em declarações à Bloomberg. Já Matt Maley, da Miller Tabak + Co, considera que a Fed sinalizou que irá de facto manter as taxas de juro mais altas, e que "parece ter elevado essa narrativa mais do que o esperado", ao rever em alta as projeções de crescimento da economia, assim como os níveis em que os decisores políticos esperam ver as taxas de fundos federais.

As novas projeções mostram que os decisores da Fed preveem que no próximo ano os juros se situem num intervalo entre 4,6% e 5,4% (acima dos 4,4% e 5,1% antecipados na reunião de junho). Para 2025 o valor foi também revisto em alta, com a Fed a colocar as taxas de juro num intervalo entre 3,4% e 4,9%.

21.09.2023

Euribor sobe a três, seis e 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,224%, mais 0,002 pontos do que na quarta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje para 4,072%, também mais 0,002 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.

Por sua vez, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,955%, mais 0,021 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.


Lusa

21.09.2023

Tom "hawkish" da Fed penaliza praças europeias

Os principais índices europeus estão a negociar em baixa esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem a mensagem da Reserva Federal dos Estados Unidos de que as taxas de juro de referência deverão permanecer elevadas durante mais tempo que o esperado.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,53% para 458,22 pontos, com todos os setores no vermelho, à exceção do retalho que sobe ligeiramente. A registar as maiores quedas estão os setores das viagens, petróleo e gás, mineiro, imobiliário e viagens, que perdem mais de 1%.

Apesar de a decisão da Fed ter ido ao encontro do esperado, o presidente Jerome Powell mostrou-se "preparado" para voltar a subir os juros diretores caso seja necessário. No entanto, acredita que a Fed "está muito perto do nível em que precisa de estar".

Face à revisão das projeções para 2024, que estimam agora que as taxas se situem numa mediana de 5,1% face aos 4,6% previstos em junho, o sentimento do mercado está a ser penalizado.

"Claramente o mercado foi abalado pelo tom 'hawkish' da Fed", afirmou à Bloomberg a analista Stephane Ekolo, acrescentando que os investidores que acreditaram que os cortes de juros iam iniciar-se no início de 2024 ficaram desapontados.

"Esta manhã na Europa o foco está no Banco de Inglaterra [que realiza a sua reunião de política monetária esta quinta-feira] e a incerteza domina", concluiu.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,56%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,99%, o italiano FTSEMIB recua 0,76%, o britânico FTSE 100 perde 0,41% e o espanhol IBEX 35 cai 0,41%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,63%.

Por cá, o PSI desce 0,62%.

21.09.2023

Juros agravam-se na Zona Euro. "Gilts" sobem antes de decisão do BoE

Os juros estão a agravar-se esta quinta-feira, numa altura em que os investidores avaliam as palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, que sinalizou a possibilidade de haver uma nova subida das taxas de juro este ano.

A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se em 5,2 pontos base para 3,446%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, soma 3,9 pontos base para 2,736%.

Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo vencimento avançam 7,2 pontos base para 4,515% e os juros da dívida espanhola sobem 4,9 pontos base para 3,793%, ao passo que os juros da dívida francesa somam 4,5 pontos base para 3,277%.

Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos agrava-se em 3,8 pontos base para 4,246%, antes de ser conhecida a decisão de política monetária do Banco de Inglaterra esta quinta-feira.

21.09.2023

Dólar sobe à boleia da Fed

O euro acumula um ganho de 2,57% face ao dólar desde o início do ano, apesar da retoma da divisa dos EUA nas últimas semanas.

O dólar está a valorizar, com os investidores a avaliarem as informações do "dot plot" da Reserva Federal que apontam para menos cortes das taxas de juro em 2024 do que as previsões do mercado.

O dólar avança 0,05% para 0,9385 euros, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a dez divisas rivais, avança 0,01% nos 105,146 pontos.

"Powell foi muito cauteloso no 'timing' de qualquer corte nas taxas de juro", disse à Bloomberg Steve Englander, analista da Standard Chartered, acrescentando que tal "deve apoiar a perspetiva de que os juros permanecerão elevados durante mais tempo e o dólar deverá manter-se firme, a não ser que os dados mostrem uma deterioração da atividade económica".

21.09.2023

Política da Fed de juros mais altos durante mais tempo penaliza ouro

Bancos centrais compraram bastante metal amarelo no ano passado.

O ouro está a desvalorizar, com os investidores a considerarem "hawkish" a mensagem da Reserva Federal de que as taxas de juro vão permanecer em terreno restritivo durante mais tempo que o esperado.

O ouro recua 0,19% para 1.926,55 dólares por onça.

Ainda a penalizar o desempenho do metal precioso está uma subida do dólar, que torna o dólar mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.

21.09.2023

Tom "hawkish" da Fed penaliza petróleo

O petróleo segue a desvalorizar, penalizado pela possibilidade de uma nova subida de juros pela Reserva Federal, que se poderá sobrepor a sinais de aperto no mercado.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 1,01% para 90,28 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desce 0,77% para 92,81 dólares.

Os investidores estão ainda a avaliar dados sobre os "stocks" de crude na reserva de Cushing, no estado do Oklahoma, que diminuiu em 2,1 milhões de barris na última semana, encontrando-se no valor mais baixo de armazenamento de crude desde julho de 2022. Aliás, os "stocks" totais estão pouco acima dos níveis mínimos considerados para operar a infraestrutura.

A mensagem da Fed "está a colocar alguma pressão nos ativos de maior risco, incluindo o petróleo", disse à Bloomberg o analista do ING Warren Patterson, acrescentando que, ainda assim, o Brent deverá quebrar os 100 dólares, mas tal ganho não deverá ser sustentado.

21.09.2023

Fed deve penalizar abertura na Europa. Ásia em queda

Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em terreno negativo, numa altura em que vão reagindo à decisão da Reserva Federal norte-americana de manter as taxas de juro inalteradas.

Apesar de a decisão ter ido ao encontro do esperado, o presidente Jerome Powell mostrou-se "preparado" para voltar a subir os juros diretores caso seja necessário. No entanto, acredita que a Fed "está muito perto do nível em que precisa de estar".

Face à revisão das projeções para 2024, que estimam agora que as taxas se situem numa mediana de 5,1% face aos 4,6% previstos em junho, o sentimento do mercado está a ser penalizado.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 perdem 1%.

Na Ásia, a sessão está a ser em baixa, penalizada por um "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores, mais "hawkish" do que o esperado.

"A retórica mais 'hawkish' tem um impacto negativo nos mercados asiáticos e emergentes no geral, dado que um dólar mais forte aumenta os custos das 'commodities' noutras divisas, colocando pressão acrescida nos mercados regionais", explicou à Bloomberg a analista Tina Teng da CMC Markets.

"Expectativas de taxas de juro mais elevadas tendem a pressionar os bancos centrais asiáticos a manterem os seus juros em níveis também restritivos", acrescentou.

Pela Ásia, na China, Xangai cede 0,6% e em Hong Kong o Hang Seng recua 1,2%. No Japão, o Topix perde 0,8% e o Nikkei desce 1,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi cai 1,7%.

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