Notícia
Tecnológicas sustentam Europa no verde. Petróleo afunda mais de 4%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Tecnológicas sustentam Europa no verde
Os principais índices europeus terminaram o dia maioritariamente em alta, sustentados por ganhos das tecnológicas.
O mercado esteve ainda a reagir às atas da Reserva Federal norte-americana, referentes à reunião de novembro, que foram publicadas na terça-feira. Os membros do FOMC (sigla inglesa para Comité Federal do Mercado Aberto) acordaram em "proceder de forma cautelosa" no que toca a novas subidas das taxas de juro diretoras.
O índice de referência, Stoxx 600, avançou 0,3% para 457,24 pontos. A tecnologia foi um dos setores que se destacou ao ganhar 1,25%, com a fabricante de "chips" ASML e a empresa de software SAP a valorizarem.
A registar a pior performance do dia esteve o setor de petróleo e gás que caiu 1,69%, penalizado por fortes quedas dos preços do petróleo, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) ter adiado a reunião que estava marcada para o próximo domingo.
Os principais mercados acionistas europeus caminham para um ganho de cerca de 5% em novembro, estando a caminho do melhor mês desde janeiro. O otimismo está a derivar de perspetivas de que os bancos centrais adotem uma retórica mais "dovish" relativamente à política monetária no próximo ano.
Numa altura em que se aproxima época festiva, a começar com o dia de ação de graças nos Estados Unidos esta quinta-feira, "os investidores já colocaram os seus óculos do otimismo, que deverá prevalecer", afirmou à Bloomberg a analista Ipek Ozkardeskaya da Swissquote.
No entanto, alerta, "o otimismo poderá fazer ricochete, em termos de uma postura 'dovish' por parte dos bancos centrais, mas por agora os investidores estão a escolher ver o copo meio cheio".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,36%, o francês CAC-40 valorizou 0,43%, o italiano FTSEMIB avançou 0,01% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,61%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,2%.
Em sentido oposto, o britânico FTSE 100 recuou 0,17%.
Juros mistos na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro encerraram mistos, numa altura em que os investidores tentam perceber quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravou-se 0,7 pontos base para 3,187%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo aliviaram 0,7 pontos base para 2,557%.
Os juros da dívida soberana espanhola caíram 0,6 pontos base para 3,549%, os juros da dívida francesa recuaram 0,7 pontos base para 3,117% e os juros da dívida italiana fecharam inalterados nos 4,309%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se 5 pontos base para 4,149%, num dia em que o ministro das Finanças apresentou a proposta de orçamento.
Preços do petróleo afundam 4% com adiamento de reunião da OPEP+
As cotações do "ouro negro" seguem a perder terreno nos princpais mercados internacionais, depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) terem anunciado o adiamento da reunião ministerial prevista para o próximo domingo, 26 de novembro.
A reunião do cartel – que tem mantido uma oferta apertada de crude devido aos cortes de produção – passa para 30 de novembro.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a cair 4,01% para 74,65 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 3,91% para 79,23 dólares.
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Ouro quebra patamar dos 2.000 dólares com dólar mais forte
O ouro está a desvalorizar, penalizado pela subida do dólar devido a dados que sinalizam um mercado laboral mais robusto do que o esperado nos Estados Unidos.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego ascendeu a 209 mil, menos 24 mil do que na semana anterior. Os dados levantaram dúvidas sobre se o ciclo de subidas da Fed terá ou não chegado ao fim, com os investidores a privilegiarem o dólar. E uma moeda norte-americana mais forte tende a penalizar o ouro que, por ser cotado em dólares, se torna menos atrativo para quem negoceia com outras divisas.
O ouro a pronto (spot) desliza 0,19% para 1.994,54 dólares por onça, tendo caído abaixo da linha dos 2.000 dólares por onça - isto depois de ontem ter atingido máximos de três semanas nos 2.007,27 dólares.
Noutros metais, o paládio cai 2,03% para 1.059,35 dólares e a platina cede 1,18% para 926,92 dólares.
Já no mercado cambial, a nota verde ganha face às principais divisas rivais, a recuperar assim de mínimos de dois meses e meio. O euro é uma das moedas que cede terreno face à moeda norte-americana, a perder 0,42% para 1,0865 dólares.
Wall Street abre no verde. Nasdaq valoriza 1%
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores digerem as contas da Nvidia e uma série de dados económicos na tentativa de perceber quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,50% para 4.561,07 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,47% para 35.253,84 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 1,01% para 14.343,7 pontos.
Entre as principais movimentações, a Nvidia cede 0,49% para 497 dólares por ação, depois de ontem ter apresentado os resultados do terceiro trimestre fiscal. Apesar de as receitas terem aumentado 206% para 18,12 mil milhões de dólares, as perspetivas para o mercado chinês colocaram os títulos da fabricante de "chips" a cair.
A CFO da Nvidia, Colette Kress, afirma, no "guidance" para o quarto trimestre, que as vendas para destinos como a China "vão diminuir no quarto trimestre fiscal".
Além dos resultados trimestrais, os investidores estão também a digerir os mais recentes dados económicos.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego recuou na semana passada, lançando dúvidas sobre se o mercado laboral está ou não a arrefecer. Recorde-se que a menor robustez do mercado do trabalho foi um dos principais sinais que levou o mercado a dar praticamente como certo que o ciclo de subidas dos juros da Fed já tinha terminado.
As atas da última reunião da Fed, divulgadas ontem, não trouxeram surpresas, com os decisores de política monetária a mostrarem-se unidos na estratégia de "proceder cautelosamente".
Taxas Euribor descem a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,016%, menos 0,007 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, recuou hoje, para 4,063%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A Euribor a três meses também caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,962%, menos 0,011 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa começa dia no verde dispersa entre EUA, China e Médio Oriente
A Europa começou o dia em terreno positivo, com os investidores a digerirem as mais recentes atas da Reserva Federal (Fed) norte-americana e os novos desenvolvimentos no conflito no Médio Oriente.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 ganha 0,22% para 456,85 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice de referência, imobiliário e media lideram os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt sobe 0,26%, Paris cresce 0,40% e Londres arrecada 0,11%.
Madrid soma 0,33%, Amesterdão cresce 0,18% e Milão valoriza 0,25%. Por cá a bolsa de Lisboa segue a tendência e cresce 0,31%.
O documento – referente à última reunião do banco central que deixou a taxa dos fundos federais inalterada entre 5,25% e 5,5% - dá ainda conta de que o atual nível dos juros já começa a ter impacto nos planos de investimentos das empresas, "que já começam a atrasar ou a cortar os mesmos".
Os investidores interpretaram estas palavras com entusiasmo e no mercado de "swaps" indexados aos juros diretores, já apontam para uma probabilidade de 25% de o primeiro corte da taxa dos fundos federais ocorrer em março do próximo ano.
No Médio Oriente, o Hamas e Israel acordaram um cessar-fogo temporário e a libertação de reféns. O Qatar afirma que o número de pessoas libertadas pode chegar a 50.
Os olhos dos investidores estão ainda virados para China, onde Pequim colocou o Country Garden na "draft list" e portanto numa lista ainda preliminar de imobiliárias que poderão receber financiamento, de acordo com fontes com conhecimento do processo, citadas pela Bloomberg.
A construtora entrou em incumprimento em outubro por não conseguir pagar os juros de obrigações denominadas em dólares já, depois de ter admitido problemas de falta de liquidez, num contexto de grandes dificuldades no setor imobiliário chinês e de desaceleração da economia chinesa.
Esta sessão poderá registar um menor volume de negociação face ao habitual, já que é véspera de feriado nos EUA e no Japão.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se de forma ligeira na Zona Euro, à exceção da "yield" italiana, numa dia de maior apetite pelo mercado de risco e que poderá ser mais fraco que o habitual em termos de volume de negociação, já que é véspera de feriado nos EUA e no Japão.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava-se 1,2 pontos base para 2,575%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2033, arrecadam 1 ponto base para 3,190%.
A rendibilidade das obrigações espanholas com a mesma maturidade soma 0,6 pontos base para 3,561%.
Já a "yield" da dívida italiana subtrai 0,5 pontos base para 4,305%.
Dólar na linha de água face ao euro. Dólar australiano cede à espera do banco central
O dólar negoceia na linha de água (0,03%) para 0,9163 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – sobe 0,10% para 103,66 pontos.
Esta terça-feira o índice alcançou o nível mais baixo desde o passado dia 31 de agosto, depois de as atas da Fed terem dado conta de que existe um sentimento de unanimidade entre os decisores de política monetária, que querem agir com "com cautela e que as decisões de cada reunião devem continuar a basear-se na totalidade de informações recebidas".
O dólar australiano recua 0,23% para 0,6542 dólares norte-americanos, momentos antes da governadora do banco central do país, Michelle Bullock tomar a palavra. A líder da Reserva Federal discursa às 8:35 horas de Lisboa.
Ouro negoceia acima dos dois mil dólares após atas da Fed
O ouro negoceia acima dos dois mil dólares por onça, depois de o conteúdo publicado das atas da Reserva Federal (Fed) norte-americana ter animado o mercado, que aponta já para um corte dos juros diretores nos EUA em março do próximo ano.
Assim, o metal amarelo segue a valorizar 0,21% para 2.002,44 dólares por onça. A prata acompanha esta tendência positiva, enquanto a platina está praticamente inalterada. Já o paládio recua.
As atas da Fed dão conta de que existe um sentimento de unanimidade entre os decisores de política monetária, que querem agir com "com cautela e que as decisões de cada reunião devem continuar a basear-se na totalidade de informações recebidas".
O documento – referente à última reunião do banco central que deixou a taxa dos fundos federais inalterada entre 5,25% e 5,5% - dá ainda conta de que o atual nível dos juros já começa a ter impacto nos planos de investimentos das empresas, "que já começam a atrasar ou a cortar os mesmos".
Os investidores interpretaram estas palavras com entusiasmo e no mercado de "swaps" indexados aos juros diretores, já apontam para uma probabilidade de o primeiro corte da taxa dos fundos federais ocorrer em março do próximo ano.
Petróleo cede após "stocks" de crude nos EUA aumentarem
O petróleo cede tanto em Londres como em Nova Iorque, pressionado pelos números dos "stocks" de crude nos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – perde 0,19% para 77,62 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 0,21% para 82,28 dólares por barril.
Na semana passada, os "stocks" de crude nos EUA subiram 9,05 milhões de barris, segundo os dados do American Petroleum Institute, citados pela Bloomberg. O centro-chave de armazenamento em Oklahoma também acompanhou esta tendência, segundo a AlphaBBL.
Os investidores aguardam agora a divulgação dos números oficiais sobre o inventário de petróleo no país, por parte da administração norte-americana, numa altura em que o mercado se prepara para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) na próxima semana.
Europa sem rumo e Ásia fecha mista. Resultados na Nvidia pressionam "tech" chinesas
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 negoceiam de forma praticamente inalterada, enquanto a Ásia terminou a sessão de forma mista, com ganhos e perdas ligeiras, num dia marcado por um volume de negociação menor que o habitual, já que é véspera de feriado no Japão e nos EUA.
Assim, na China, Xangai caiu 0,6% enquanto Hong Kong desvalorizou 0,4%. As ações tecnológicas e industriais chinesas destacaram-se do lado das perdas, depois de os investidores terem reagido de forma morna aos resultados na Nvidia.
Apesar dos bons resultados, até acima do esperado pelos analistas, a CFO da Nvidia, Colette Kress, indica que "as vendas para esses destinos [como a China] vão diminuir no quarto trimestre fiscal, apesar de acreditarmos que essa descida vai ser mais do que compensada por um forte crescimento noutras regiões".
No Japão, o Topix somou 0,44% enquanto o Nikkei valorizou 0,29%. Na Coreia do Sul, o Kospi terminou a sessão na linha de água.