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Inflação e "crash" em stablecoin atiram bitcoin abaixo na linha dos 30 mil dólares

A bitcoin não resistiu aos números da inflação nos EUA nem à queda abrupta da stablecoin TerraUSD, tendo renovado mínimos de quase onze meses. Entretanto, a criptomoeda já recuperou, mas o mercado não.

David McBee / Pexels
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A bitcoin não resistiu aos números da inflação nos EUA nem à queda abrupta da stablecoin TerraUSD tendo caído abaixo do patamar dos 30 mil dólares, mais concretamente para 29.085 dólares, renovando mínimos de quase 11 meses, segundo os dados apresentados pela Coin Market Cap. Entretanto a "criptoqueen" já recuperou.

 

Para os analistas, o "crash" da stablecoin Terra foi um dos motivos para esta desvalorização.

No sábado, a Terra (UST) começou a perder a paridade com o dólar, um fenómeno fora do comum já que a criptomoeda é uma stablecoin, ou seja menos volátil já que a sua cotação está atrelada a outro ativo estável, neste caso o dólar.

No entanto, o token segue neste momento a cair 43,45% para 0,5239 dólares, gerando a desconfiança entre os investidores sobre a apregoada estabilidade deste tipo de ativos.

 

Entretanto, os apoiantes desta criptomoeda já se comprometeram a tentar levantar 1,5 mil milhões de dólares para continuar a garantir a liquidez deste ativo virtual.

 

Paralelamente, a criptoqueen não resistiu à desilusão do mercado perante os números da inflação nos EUA, dados estes que abrem as portas para uma política monetária restritiva ainda mais agressiva por parte da Reserva Federal norte-americana, um tema especialmente sensível para o desempenho das ações tecnológicas e da bitcoin, dois ativos cada vez mais próximos.

 

Em abril, o índice de preços no consumidor norte-americano aumentou para 0,3% em cadeia e para 8,3% em termos homólogos.

 

Excluindo os componentes de alimentos e energia, o cabaz de preços subiu para 0,6% face a março e para 6,2% e comparação com abril do ano passado.

 

Estes números significam que se registou um abrandamento económico face a março, quando a inflação tocou nos 8,5%, mas fica aquém das estimativas dos economistas.

 

Os especialistas ouvidos pela Bloomberg estimavam que o índice geral aumentasse para 0,2% em cadeia, enquanto o cabaz sem alimentos e energia deveria subir apenas para 0,4%, face ao mês anterior.

 

"Há um grande medo em todo o mercado das criptomoedas", sublinhou Marcus Sotiriou, analista da corretora de ativos virtuais, GlobalBlock em declarações à Bloomberg.

"Para além dos ventos contrários em termos macroeconómicos, a indústria das criptomoedas enfrenta um grande risco, já que a Terra caiu abaixo da linha de 1 dólar", esclareceu o especialista.

 

A queda da bitcoin alastrou-se ao restante mercado das criptomoedas, composto por mais de 19 mil ativos e que segue a desvalorizar 6,97% para 1,37 biliões de dólares.

Entretanto, a bitcoin já recuperou estando a negociar na linha dos 31 mil dólares, mais concretamente a valer 31.326,71 dólares.

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