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Ataques cripto voltam a subir 65% no segundo trimestre, mas o volume total de perdas recua

Apesar da queda do volume de perdas, o número de ataques aumentou 65% quando comparado com o segundo trimestre de 2022, de 49 para 81. Já o volume total de perdas registou uma queda de 60% para 243,80 milhões de euros.

Estrasburgo aprovou na semana passada alterações a um diploma e a criação de um novo para as cripto.
Dado Ruvic/Reuters

Os mercados das criptomoedas e das finanças descentralizadas (na siga inglesa DeFi) viram escapar mais de 265 milhões de dólares, o equivalente a 243,80 milhões de euros à taxa de câmbio atual, no segundo trimestre, fruto de ataques informáticos e fraudes, o que representa uma queda homóloga de 60,4%, segundo o mais recente relatório da plataforma Immnunefi, a que o Negócios teve acesso.

 

Apesar da queda do volume de perdas, o número de ataques aumentou 65% quando comparado com o segundo trimestre de 2022, de 49 para 81, e aumentou 11% em relação ao primeiro trimestre de 2023, de 73 para 81.

 

Entre abril e junho, os ataques informáticos continuaram a ser a causa predominante de perdas, representando 83.1% em comparação com fraudes, que totalizaram apenas 16.9% das perdas totais.

As plataformas descentralizadas, ou seja sem um controlo central, continuaram a ser o principal alvo de ataques bem sucedidos representando 86,1% em comparação com as plataformas centralizadas, vítimas de apenas 13,9% das perdas totais.

 

A BNB Chain foi o principal alvo de ataques entre blockchains no segundo trimestre de 2023, com 36 incidentes. A Ethereum testemunhou 26 incidentes.

 

Durante  dois trimestres consecutivos este ano, a Arbitrum permaneceu como a terceira blockchain mais atacada, atingindo um total de 18 ataques relatados este ano. Seguiu-se a Polygon e ZKSync com 2 incidentes cada, e Optimism, Terra, Sui Network, e outras, com um ataque cada.

 

Um esquema "ponzi" e um ataque informático respondem por metade das perdas

Os dois maiores ataques do trimestre,um à Atomic Wallet e outro à Fintoch, representam 49,6% de todas as perdas no segundo trimestre, tendo sido perdidos totalizaram 131,6 milhões de dólares (121,11 milhões de euros).

 

Em maio, e ainda sob a incerteza se tal não se tratava de um "ponzi scam" os autores do projeto – uma plataforma que prometia um retorno de 1% ao mês- desapareceu com 31,6 milhões de dólares. Segundo a Immunefi, a equipa desta empresa terá transferido os tokens dos seus clientes para outras redes blockchain incluindo ethereum e Tron.

 

Mais tarde, no início de junho, um grupo de piratas informáticos conseguiu roubar 100 milhões de dólares em tokens da carteira descentralizada Atomic Wallet,

 

Por outro lado, durante este período foram recuperados por consultoras informáticas e autoridades mais de 10 milhões de dólares em oito casos específicos, incluindo um milhão de dólares da Atomic Wallet. No total, em termos homólogos, o volume de fundos recuperados cresceu 3,9%

 

No acumulado do semestre, estas perdas ascendem para quase 703 milhões de dólares (646,97 milhões de euros), sendo que enquanto as plataformas descentralizadas registaram uma queda de 66,4% do número de ataques informáticos, enquanto o número de fraudes mais do que triplicou (225%).

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