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PSI acorda no verde, mas caminha para perda semanal em contramão com a Europa
A principal montra da bolsa de Lisboa, o PSI, acordou a valorizar 0,26%, mas no acumulado da semana já perde 0,67%, em contraciclo com o "benchmak" europeu Stoxx 600, que caminha para uma quinta semana de subidas.
A bolsa de Lisboa está prestes a encerrar uma semana perdas, depois de ter estado quatro a subir, e nem mesmo o tom "dovish" da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que está a levar o "benchmark" europeu Stoxx 600 a caminho de uma quinta semana de ganhos, foi suficiente para resgatar o PSI de terreno negativo.
No arranque da sessão desta sexta-feira, o principal índice nacional valoriza 0,26% para 6.522,49 pontos, mas no acumulado da semana segue a perder 0,67%.
Entre as 16 cotadas que compõem o PSI, 11 negoceiam no verde, quatro no vermelho e uma permanece inalterada.
A Corticeira Amorim comanda a tabela dos ganhos, ao valorizar 1,4% para 9,43 euros. Esta sexta-feira, é o último dia em que a compra das ações da empresa concede o direito ao dividendo bruto e extraordinário de 0,09 euros por ação, entrando em "ex-dividendo" esta segunda-feira.
Entre os pesos pesados, é o BCP que mais puxa pelo PSI, ao valorizar 0,69% para 0,2923 euros, sendo de assinalar que esta sexta-feira é a última sessão de negociação das ações do banco liderado por Miguel Maya, antes que estas passem também a estar cotadas nos Stoxx 600.
A instituição financeira segue assim a recuperar ligeiramente, depois de esta quarta-feira ter acompanhado os bancos da periferia europeia foram os mais penalizados da região, com os investidores a avaliarem o impacto de cortes das taxas de juro de referência pelo BCE, que levaram estas instituições a fortes resultados e ganhos em bolsa, na sua margem financeira.
Também a Galp está a puxar pelo principal índice nacional, ao somar 0,71% para 13,57 euros, num dia em que o petróleo não só negoceia em terreno positivo tanto em Londres como em Nova Iorque, como está prestes a registar o primeiro ganho semanal, depois de sete semanas no vermelho, à boleia do reforço da expectativa do mercado sobre potenciais cortes dos juros diretores no próximo ano, após a reunião da Fed desta quarta-feira.
No restante setor energético o sentimento é misto. A EDP é a que mais contraria a tendência, ao cair 1,04% para 4,55 euros. Também o braço das renováveis negoceia no vermelho, ao desvalorizar 0,28% para 18,06 euros, dando sinais de que o dia será de correção, depois de esta quinta-feira a EDPR ter escalado mais de 6% - registando o melhor dia do ano- e a EDP ter subido mais de 3%, acompanhando o setor das "utilities" europeias.
A Greenvolt sobe 0,59% para 7,72 euros, enquando a REN ganha 0,21% para 2,44 euros.
No setor do retalho, o sentimento também é misto, com a Jerónimo Martins a perder 0,34% para 23,36 euros e a Sonae a subir 0,27% para 0,922 euros.
Entre as papeleiras, a Navigator sobe 1,28% para 3,65 euros, ocupando o segundo lugar na tabela dos ganhos, enquanto a Altri arrecada 0,77% para 4,69 euros e a Semapa soma 0,15% para 13,22 euros.
(Notícia atualizada às 8:38 horas).