O banco presidido por Ricardo Salgado já afundou 9,34% para 75,2 cêntimos, valor mais baixo desde Outubro de 2013, e segue a perder 7,62% para 75,2 cêntimos.

O banco mantém, assim, a pressão das últimas semanas, numa altura em que ainda persistem as dúvidas sobre quem será o sucessor de Ricardo Salgado na liderança do banco. A assembleia-geral onde será votada a nova gestão do BES deverá realizar-se no dia 31 de Julho, uma data que está ainda por confirmar.

Quarta-feira, após o fecho da sessão, a agência de notação financeira Moody's emitiu um relatório onde anunciava ter colocado a dívida de longo prazo do Banco Espírito Santo "sob revisão", para possível descida.

Quinta-feira ao final do dia, surgiu mais uma notícia negativa para o banco. O Grupo Espírito Santo (GES) está sob pressão para encontrar financiador para os 900 milhões de euros de papel comercial subscrito pela Portugal Telecom e que a operadora de telecomunicações define como sendo um investimento de curto prazo. Esta aplicação vence em Julho, data em que o braço não financeiro do GES terá de renovar esta emissão de curto prazo, tendo de encontrar outros investidores ou reembolsando-a, o que implicará dispor de fundos próprios. 

O Espírito Santo Financial Group, que detém uma participação de 25,1% no BES, também está sob forte tensão na Bolsa de Lisboa. A "holding", que além do banco detém a seguradora Tranquilidade, já desceu abaixo dos 2 euros. Segue a perder 6,12% para 1,993 euros. Desde o início do ano, o banco já perdeu mais de metade do seu valor.