Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Petróleo, alumínio e níquel colocam matérias-primas no mapa das maiores subidas

As bolsas europeias encerraram a revelar uma tendência mista, numa altura em que os investidores digerem os resultados trimestrais que estão a ser divulgados e em que esperam por desenvolvimentos relativamente às tensões comerciais e geopolíticas. No reino das "commodities", o cenário é amplamente positivo, com o sector do petróleo e dos metais industriais a dar gás às cotadas que operam nesses segmentos.

Reuters
19 de Abril de 2018 às 17:18
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 somou 0,38% para 5.521,90 pontos

Stoxx 600 recuou 0,03% para 381,75 pontos

S&P 500 perde 0,53% para 2.694,33 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal somou 4,7 pontos base para 1,657%

Euro cede 0,27% para 1,2340 dólares

Petróleo avança 1,51% para 74,59 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias animadas pelo sector mineiro e pressionadas pelas tecnologias

As bolsas do Velho Continente encerraram com um desempenho misto, a oscilarem entre ganhos e perdas, mas com pouca expressividade. O sector mineiro e de media foi o que mais contribuiu para o movimento positivo, ao passo que o tecnológico foi dos que mais pressionou a negociação das principais praças da Europa Ocidental, numa sessão em que o índice de referência europeu Stoxx 600 recuou muito marginalmente, a ceder 0,03% para 381,75 pontos.

Por cá, o PSI-20 avançou 0,38% para 5.521,90 pontos, com 13 cotadas em alta e oito em baixa. A sustentar o índice de referência nacional estiveram sobretudo a Pharol, a disparar 6,69%, e a Altri, que ganhou 3,39%. No sentido contrário, a Mota-Engil liderou as quedas depois de anunciar que não paga dividendos.

 

Juros sobem na Europa

As taxas de juro subiram na generalidade dos países europeus na sessão desta quinta-feira. Por cá, as "yields" das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] somaram 4,7 pontos base para 1,657%.

Já a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Espanha avançou 6,3 pontos base para 1,281%, ao passo que a taxa das bunds alemãs a 10 anos subiu 6,6 pontos base para 0,597%. Em Itália, os juros de referência valorizaram 6,2 pontos base para 1,779%.

 

Euribor mantêm-se a 3, 9 e 12 meses e sobem a 6 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,328%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, subiu 0,001 pontos para -0,270%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,219%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, permaneceu em -0,189%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Dólar ganha terreno ao euro

A nota verde apresenta um comportamento misto face às suas congéneres do G-10, mas com oscilações pouco acentuadas tanto nas valorizações como nas depreciações. Face à moeda única europeia, o dólar está em alta, numa altura em que os analistas não esperam grandes novidades da reunião de 26 de Abril do BCE.

O euro é uma das moedas que perde terreno face à divisa norte-americana, com uma descida de 0,27% para 1,2340 dólares.

 

Petróleo em máximos de três anos e meio

As cotações do crude seguem em terreno positivo, em máximos de Novembro de 2014, ainda a serem sustentadas pela queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada [que se fixaram abaixo da média de cinco anos pela primeira vez desde 2014], o que revela que o excedente dos inventários desta matéria-prima está a diminuir nos EUA.

Além disso, os investidores estão à espera de novidades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cujas comissões técnica e de supervisão se reúnem hoje e amanhã na cidade saudita de Jeddah, podendo ser anunciada uma extensão do actual acordo de corte de produção. A Arábia Saudita, depois de na semana passada ter dito que visa ter o petróleo no patamar dos 80 dólares por barril, já elevou essa perspectiva para os 100 dólares, o que também animou os mercados.

No mercado nova-iorquino, o crude de referência West Texas Intermediate segue a somar 1,05% para 69,19 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 74,59 dólares com uma subida de 1,51%.

 

Alumínio em recordes e níquel em máximos de três anos

O alumínio continua a ser impulsionado pelas sanções dos EUA a empresas e oligarcas russos – o que atingiu fortemente a russa Rusal, uma das maiores produtoras daquele metal industrial. O metal industrial segue a somar mais de 30% desde o início de Abril e hoje chegou a escalar 7,1% para um máximo histórico intradiário nos 2.178 dólares por tonelada.

Também o níquel segue a disparar, devido aos receios de que o metal não-ferroso seja apanhado no fogo cruzado de novas sanções à Rússia – o que atingiria a Norilsk Nickel, a segunda maior produtora mundial. Na sessão de hoje, o metal de base já atingiu máximos de três anos a subir 9,3% para 16.690 dólares por tonelada.

Ver comentários
Saber mais PSI-20 Norilsk Nickel Portugal Velho Continente Europa Ocidental Pharol Altri Mota-Engil Espanha Itália Rusal Brent Rússia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio