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EDPR afunda quase 12% e coloca PSI a liderar perdas europeias
As elétricas do grupo EDP foram fortemente penalizadas pelos resultados apresentados na quarta-feira. BCP também pressionou o PSI após os resultados anuais, enquanto a Nos disparou quase 10%.
A bolsa de Lisboa perdeu mais de 2% esta quinta-feira, registando o pior desempenho entre os índices europeus, penalizada fortemente pela derrocada da EDP Renováveis, que afundou quase 12%.
O índice de referência nacional, o PSI, desceu 2,07% para 6.843,56 pontos, com 11 dos seus 15 títulos no vermelho, interrompendo uma sequência de cinco dias de ganhos e registando a maior descida desde novembro do ano passado.
O grupo EDP liderou as quedas depois de ambas as elétricas terem apresentado resultados na quarta-feira. A EDP Renováveis afundou 11,91% para 8,32 euros para mínimos de seis anos, mas chegou a cair cerca de 16% - a maior queda intradiária desde 2016 - depois de ter apresentado prejuízos de 556 milhões em 2024, penalizada pelas imparidades em projetos nos EUA e na Colômbia.
A casa-mãe EDP acompanhou as quedas, recuando 4,19% para 3,062 euros, depois de ter registado uma queda de 16% dos lucros no ano passado para 801 milhões. A elétrica prevê ainda um corte de investimento para uma média de 4,4 mil milhões em 2025 e 2026, o que levou a uma revisão das perspetivas para a empresa por várias casas de investimento.
Ainda em reação aos resultados, o BCP recuou 3,59% para 0,5642 euros, apesar de ter apresentado lucros recorde de 906 milhões em 2024, enquanto a Mota-Engil, que apresentou contas na madrugada desta quinta-feira, perdeu para 0,46% para 3,038 euros. A construtora também atingiu um recorde de 123 milhões nos lucros.
A Galp também registou perdas expressivas, com uma queda de 1,62% para 15,81 euros, apesar de o petróleo estar a valorizar nos mercados internacionais. A petrolífera corrigiu parcialmente os ganhos acentuados verificados após a divulgação de uma nova descoberta de crude na Namíbia.
Em sentido contrário, a Nos liderou os ganhos, ao disparar 9,59% para 4,29 euros, em reação aos números apresentados também na quarta-feira. A telecom viu os lucros crescerem 50,6% para 273,1 milhões em 2024.