Notícia
IMF – Vitória de Trump impulsionou o dólar
Banco de Inglaterra e FED cortaram taxas em 25 pontos base, como esperado; Petróleo com resistência nos $72.5/barril; Ouro registou mínimos de 3 semanas
| Banco de Inglaterra cortou taxas em 25 pontos base
O Banco de Inglaterra (BoE) cortou a taxa de juro referência em 25 pontos base pela 2ª vez desde 2020, para 4.75%, com 8 votos a favor do corte e 1 a favor de manutenção das taxas. O mercado esperava esta decisão. O Governador do BoE, Andrew Bailey, afirmou que não se deve cortar as taxas de juro demasiadamente rápido nem demais, mas acrescentou que se a economia evoluir como o esperado, é provável que continuem a baixar gradualmente. Bailey indicou que a instituição poderá cortar as taxas de juro mais rapidamente se a inflação ficar aquém das previsões. O BoE espera uma subida da inflação para cerca de 2.5% até ao fim do ano e para 2.7% até ao final de 2025, antes de cair abaixo da meta de 2% em meados de 2027. Bailey não prevê que a trajetória irá ser "particularmente diferente" devido ao novo orçamento britânico. O mercado atribui uma probabilidade de 78% a uma manutenção das taxas na reunião de dezembro.
| FED cortou taxas em 25 pontos base
A Reserva Federal dos EUA (FED) cortou as taxas de juro de referência em 25 pontos base para o intervalo entre 4.50% e 4.75%, como o esperado, e os seus membros tomaram nota de um mercado de trabalho que "abrandou na generalidade", enquanto a inflação continua a aproximar-se da meta de 2% do Banco Central. Jerome Powell, presidente da FED, afirmou que a recalibração da política monetária ajudará a manter a força da economia e do mercado de trabalho e a permitir novos progressos na queda da inflação. Acrescentou ainda que a FED considera que a economia e as suas políticas monetárias estão ambas "numa posição muito boa". Ao mesmo tempo, Powell deu pouca orientação sobre a rapidez e a quantidade de cortes da FED no futuro. O mercado atribui agora uma probabilidade de 86% a mais um corte de 25 pontos base na reunião de dezembro.
O evento que mais influenciou o Eur/Usd esta semana foi a eleição de Donald Trump como o 47º presidente dos EUA, que levou a um fortalecimento do dólar. Deste modo, o Eur/Usd caiu desde meados dos $1.09 até aos $1.0681, onde renovou mínimos de junho de 2024, numa só sessão. Posteriormente, ressaltou do suporte presente nos $1.0670 e estabilizou entre os $1.07 e os $1.08. O indicador MACD encurtou o sinal de compra que apresentava.
| Petróleo com resistência nos $72.5/barril
O petróleo iniciou a semana com uma valorização fomentada pela decisão da OPEP+ de adiar o aumento de produção de dezembro para janeiro. O meio da semana ficou marcada por uma estabilização, enquanto os efeitos da subida do dólar foram contrabalançados por um potencial maior aperto da oferta, no seguimento da presidência de Donald Trump, e por um furacão na Costa do Golfo. Na sexta-feira o petróleo voltou a cair devido à diminuição do risco de tempestade para as infraestruturas energéticas dos EUA.
No começo da semana, o preço do petróleo deu continuidade à valorização que advinha da semana anterior, após ressaltar do suporte dos $67/barril. No entanto, a matéria-prima encontrou uma resistência nos $72.5/barril, que não conseguiu superar, onde estagnou durante a maioria da semana. Na sexta-feira voltou a cair para meados dos $70/barril.
| Ouro em mínimos de 3 semanas
O ouro apresentou uma correção significativa após a vitória de Donald Trump devido ao fortalecimento significativo do dólar. Na sessão seguinte, o ouro recuperou algum terreno, devido à correção ligeira do dólar e ao corte de taxas de 25 pontos base por parte da FED.
Após renovar máximos históricos na semana anterior, o ouro estabilizou no início da última semana. No entanto, na quarta-feira o metal precioso registou uma queda acentuada de 3%, para mínimos de 3 semanas, que foi parcialmente compensada nas sessões seguintes.
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