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IMF – FED sinalizou menos cortes em 2025

Banco de Inglaterra manteve taxas, mas está dividido; FED cortou taxas em 25 pontos base, mas sinalizou menos cortes em 2025; Petróleo em queda; Ouro recuou ligeiramente.

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| Banco de Inglaterra manteve taxas, mas está dividido

O Banco de Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juro de referência inalterada em 4.75%, como era esperado, numa votação com 6 membros a favor de uma manutenção e 3 a defenderem um corte de 25 pontos base. O mercado esperava que apenas 1 membro votasse a favor de um corte. O governador do BoE, Andrew Bailey, comentou que o BoE precisa manter a sua atual "abordagem gradual" nos cortes das taxas e que, com o aumento da incerteza na economia, a instituição não se pode comprometer com datas ou dimensão de cortes no próximo ano. O BoE espera que a inflação continue a aumentar ligeiramente a curto prazo e reduziu a sua previsão de crescimento para o último trimestre deste ano para 0%, em comparação com a previsão de +0.3% de há apenas 6 semanas.

O Eur/Gbp iniciou a semana a recuar até registar mínimos de março de 2022 perto das £0.8220. No entanto, nas últimas sessões da semana observou-se uma desvalorização da libra que levou o Eur/Gbp para perto das £0.83, quase anulando as perdas registadas nos primeiros dias. O indicador MACD abriu a semana com um sinal de venda, tendo depois o revertido, apontando para a compra do Eur/Gbp.


| FED cortou taxas em 25 pontos base, mas sinalizou menos cortes em 2025

A Reserva Federal dos EUA (FED) cortou taxas em 25 pontos base, como o esperado, para o intervalo entre 4.25% e 4.50% na sua última reunião de 2024. O presidente da FED, Jerome Powell, afirmou que os cortes futuros nas taxas de juro dependem de mais progressos na redução da inflação "teimosamente elevada". Powell descreveu a decisão como "acertada" e comentou que a FED "está numa boa posição", mas que pensa que entrou numa "nova fase" e que a instituição irá ser mais cautelosa quanto a novos cortes no futuro. As referências explícitas e repetidas de Powell à necessidade de cautela levaram a uma queda acentuada nas bolsas dos EUA. O Eur/Usd reagiu em baixa e o mercado passou a atribuir uma probabilidade de 91% a uma manutenção das taxas na próxima reunião da FED (30 de janeiro de 2025).

O Eur/Usd iniciou a semana calmo, a rondar os $1.0500, enquanto aguardava pela reunião da FED. No entanto, depois dos comentários de Jerome Powell o dólar fortaleceu, levando o Eur/Usd a cair até ficar perto de renovar mínimos do ano nos $1.0343, estabilizando posteriormente perto dos $1.04. Com a queda supramencionada, o indicador MACD inverteu o sinal de compra que apresentava.


| Petróleo em queda

O petróleo iniciou a semana passada a recuar devido a dados fracos da China e a uma maior cautela por parte dos investidores antes da reunião da FED que se iria realizar dias depois. Posteriormente, o preço do petróleo apresentou uma recuperação apoiada pela queda dos stocks de petróleo dos EUA, mas que rapidamente foi anulada pelos efeitos dos comentários de Jerome Powell (ver acima).

O preço do petróleo apresentou, portanto, uma semana de perdas, tendo iniciado a mesma a falhar o teste à resistência dos $71.5/barril. Na quarta-feira registou uma recuperação ligeira, mas que foi anulada nas sessões seguintes, com a matéria-prima a cair para meados dos $68.5 na sexta-feira.


| Ouro recuou ligeiramente

O ouro iniciou a semana passada de forma estável, enquanto aguardava pela reunião da FED. No entanto, os comentários de Jerome Powell, presidente da FED, sobre uma maior cautela nos cortes de taxas em 2025, levaram a uma queda na cotação do metal precioso. Na sexta-feira, o ouro recuperou terreno, após dados de uma inflação dos EUA, medida pelo índice PCE, abaixo da esperada.

A semana foi de queda ligeira do preço do ouro. No entanto, posteriormente o metal precioso desvalorizou até encontrar suporte no nível dos $2585, que utilizou para ressaltar para níveis acima dos $2600 na sexta-feira.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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