Notícia
Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes convoca plenário na Coelima de Guimarães
O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes marcou para segunda-feira um plenário de trabalhadores na têxtil Coelima para dar a conhecer uma nova proposta que "constitui uma lufada de esperança", disse à Lusa o coordenador.
29 de Maio de 2021 às 20:56
A empresa têxtil de Guimarães, que completa no próximo ano 100 anos, tem mais de 250 trabalhadores e foi apresentada a insolvência em abril.
Depois de a administração ter dito na quarta-feira que não vai apresentar um plano com vista à recuperação da empresa, um consórcio com sede em Guimarães apresentou na sexta-feira uma proposta de compra da Coelima, colocando como condição, entre outros pontos, a manutenção dos postos de trabalho, bem como a assunção dos direitos e antiguidade dos trabalhadores.
A proposta deu entrada no Tribunal de Comércio de Guimarães, no distrito de Braga.
"É uma esperança. Outras propostas ou outras empresas ficariam à espera da falência. Mas não queremos a falência da empresa, queremos a continuidade. Este grupo já garante os salários de junho e quer manter os trabalhadores, nomeadamente os vendedores. Neste momento há já uma disputa pela carteira de clientes da Coelima, uma empresa que tem produto, marca, credibilidade, que tem tudo para ser uma grande empresa", disse à agência Lusa o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira.
O plenário foi marcado para as 13:30 de segunda-feira, com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
Francisco Vieira, que recusa olhar para o cenário futuro da Coelima como "um destino traçado para a morte", acrescentou à Lusa que no mesmo dia espera conseguir uma reunião com a Câmara Municipal de Guimarães, que, segundo o sindicalista, "tem mostrado muito empenhamento no processo, mantendo contacto direto com o Ministério da Economia".
"Temos de conseguir uma solução. Os trabalhadores não querem parar", referiu o coordenador, atirando que esta será talvez "a terceira vida" da Coelima, que sobreviveu a uma crise em 1991, quando tinha 2.240 trabalhadores, e a outra em 2001, quando o seu quadro de pessoal era de 600 funcionários.
Francisco Vieira contou que "a esmagadora maioria dos trabalhadores recebe o salário mínimo e que existem pessoas com 40 anos de antiguidade".
O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado em 22 de abril, com a empresa a apresentar um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no final de 2020.
Constituída em 1922 e uma das maiores produtoras de roupa de cama, a têxtil de Guimarães integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.
Depois de a administração ter dito na quarta-feira que não vai apresentar um plano com vista à recuperação da empresa, um consórcio com sede em Guimarães apresentou na sexta-feira uma proposta de compra da Coelima, colocando como condição, entre outros pontos, a manutenção dos postos de trabalho, bem como a assunção dos direitos e antiguidade dos trabalhadores.
"É uma esperança. Outras propostas ou outras empresas ficariam à espera da falência. Mas não queremos a falência da empresa, queremos a continuidade. Este grupo já garante os salários de junho e quer manter os trabalhadores, nomeadamente os vendedores. Neste momento há já uma disputa pela carteira de clientes da Coelima, uma empresa que tem produto, marca, credibilidade, que tem tudo para ser uma grande empresa", disse à agência Lusa o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira.
O plenário foi marcado para as 13:30 de segunda-feira, com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
Francisco Vieira, que recusa olhar para o cenário futuro da Coelima como "um destino traçado para a morte", acrescentou à Lusa que no mesmo dia espera conseguir uma reunião com a Câmara Municipal de Guimarães, que, segundo o sindicalista, "tem mostrado muito empenhamento no processo, mantendo contacto direto com o Ministério da Economia".
"Temos de conseguir uma solução. Os trabalhadores não querem parar", referiu o coordenador, atirando que esta será talvez "a terceira vida" da Coelima, que sobreviveu a uma crise em 1991, quando tinha 2.240 trabalhadores, e a outra em 2001, quando o seu quadro de pessoal era de 600 funcionários.
Francisco Vieira contou que "a esmagadora maioria dos trabalhadores recebe o salário mínimo e que existem pessoas com 40 anos de antiguidade".
O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado em 22 de abril, com a empresa a apresentar um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no final de 2020.
Constituída em 1922 e uma das maiores produtoras de roupa de cama, a têxtil de Guimarães integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.