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"Parlamento Europeu? Somos antissistema", diz o eurodeputado eleito pelo Chega

Tânger Corrêa defende que a divisão dos partidos entre direita e esquerda são conceitos ultrapassados. “Aquilo que acontece hoje em dia é o confronto entre o totalitarismo e a liberdade”.

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'Parlamento Europeu? Somos antissistema', diz o eurodeputado eleito pelo Chega
23 de Setembro de 2024 às 10:20
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Tânger Corrêa, eurodeputado eleito pelo Chega, confessa ao ‘Europa Viva’ que sente que existe no Parlamento Europeu "um sistema instalado, obviamente, como existe em Portugal. Aqui [na Europa] é entre o Partido Popular Europeu e os socialistas". O eurodeputado considera que o partido do qual é vice-presidente, o Patriotas pela Europa, é um partido antissistema: "Somos antissistema, porque são eles que nos tentam evitar e tentam que não façamos ondas ou que tentemos fazer programas mais arrojados ou construir uma sociedade diferente da atual."

Tânger Corrêa explica ainda que se absteve na votação de apoio do Parlamento Europeu à Ucrânia porque o documento criticava Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro. Isto porque, explica o eurodeputado, "o Chega neste momento faz parte da nova família política europeia de direita radical ou de extrema-direita, da qual faz parte Orbán". No Parlamento Europeu, vários eurodeputados afirmaram que iriam fazer um "cordão sanitário" aos partidos de extrema-direita, com a socialista Marta Temido a referir que o diálogo com estes eurodeputados seria "de surdos". Tânger Corrêa responde que o partido Patriotas pela Europa "não pode ser ignorado". "Quando fazem um cordão sanitário ao grupo dos Patriotas pela Europa estão a fazer um cordão sanitário aos milhões de cidadãos europeus que votaram neste partido. Portanto, isto é completamente antidemocrático, é uma falsidade do jogo, é uma hipocrisia total", critica.

Já sobre o paradigma político atual, quer em Portugal quer a nível internacional, Tânger Corrêa diz que a definição de partidos de esquerda ou direita "não faz sentido", uma vez que "são conceitos ultrapassados em termos de ideologia política" e "aquilo que acontece hoje em dia é o confronto entre o totalitarismo e a liberdade".

A prioridade do eurodeputado para esta legislatura será conseguir melhores políticas para a pesca, uma área que afeta diretamente Portugal.

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