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IAG tenta seduzir TAP com "hub" duplo Lisboa-Madrid

Dona da British Airways e Iberia está disponível para comprar totalidade da TAP ou apenas uma parcela. Para mostrar ao Governo português que está na linha da frente, a IAG poderá ponderar criar um super "hub" ibérico.

A Iberia considera que o mercado português de lazer e negócios “está totalmente recuperado” e “na moda”, sendo “um foco” da companhia.
"Hub" de Madrid tem vantagens em relação a Lisboa, mas isso não parece afetar o interesse da IAG pela TAP Arnd Wiegmann/Reuters
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A suspensão do lançamento da privatização da TAP não afasta o interesse e, entre a dúzia de interessados, a IAG, dona da British Airways e Iberia, vem mostrar que tem espaço para competir. Como forma de seduzir o Governo português, o grupo de aviação IAG poderá estar a pensar criar um "hub" ibérico, com foco em Lisboa, segundo avança o El Economista

A TAP manter o seu "hub" em Lisboa, mesmo com a gestão em mãos estrangeiras, será um dos príncipios inscritos no caderno de encargos, bem como as ligações ao Brasil e aos arquipélagos portugueses. E a dona da Iberia parece disposta a fazê-lo.

O propósito da IAG é que Lisboa continue a ganhar importância nas rotas até à Europa e América, onde Madrid é um forte concorrente. No entanto, Madrid encontra-se em vantagem face ao "hub" lisboeta, uma vez que ainda tem capacidade para crescer e se encontra em expansão. 

Outra vantagem do "hub" madrileno é o facto deste ser a casa da Iberia e estar alinhado nos planos de crescimento da Aena (igual à ANA Aeroportos), estando a atrair companias asiáticas. Em desvantagem está então Lisboa, cujo aeroporto se encontra congestionado e esgotado e a nova construção em Alcochete ainda demorará anos.

Ainda assim, a IAG assume manter o "hub" de Lisboa por este se ter vindo a tornar uma porta de entrada das Américas, o que permitiu ainda reforçar as ligações aos destinos transatlânticos. 

Em conjunto, e com visão para algo superior, um "hub" Lisboa-Madrid causaria impacto e não desmancha a vontade do Governo português.

Em janeiro, a aliança British Airways-Iberia já tinha garantido o "hub" de Lisboa, dando como exemplo a Aer Lingus, companhia que adquiriu em 2015 seguindo a mesma fórmula que apresenta agora. Na altura da compra, a IAG propôs usar Dublin para as rotas transatlânticas, manteve os "slots" da Aer Lingus em Heathrow e a companhia continuava a operar voos diários entre as cidades irlandesas e Londres.

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