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Vodafone foca-se na redução de custos e não aumenta dividendos. Acções disparam

No dia da apresentação de resultados, o CEO da Vodafone destaca a redução de custos e o controlo do nível de dívida como prioridades. A operadora adia para já qualquer aumento nos dividendos. Na bolsa, as acções sobem mais de 7%.

A Vodafone é uma operadora britânica, presente sobretudo na Europa. Especialista em comunicações móveis, o grupo comprou vários operadores por cabo em diversos países para reforçar a sua oferta combinada (móvel, fixo, internet e televisão). Mas não deixou de investir numa infraestrutura móvel de alta qualidade. O resultado desta estratégia tem sido o crescimento do número dos assinantes e da receita média por cliente. Dada a elevada liquidez gerada, a dívida da empresa não é demasiado elevada e o dividendo distribuído é muito atrativo.
reuters, bloomberg
13 de Novembro de 2018 às 09:28
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A Vodafone quer reduzir os custos operacionais em 1,2 mil milhões de euros até 2021 e aumentar os retornos com a infraestrutura, garantiu o CEO, Nick Read, esta terça-feira, o dia da apresentação de resultados. As acções da cotada em Londres estão a subir mais de 7%.

"As minhas novas prioridades estratégicas focam-se em simplificar radicalmente o nosso modelo operacional e gerar melhores retornos a partir das nossas infraestruturas", declarou Read.

A promessa de subidas nos dividendos fica assim adiada para o longo-prazo. A remuneração aos accionistas deverá manter-se inalterada até que a operadora de telecomunicações consiga alcançar os objectivos em termos de rácio de dívida.

Entre os focos de preocupação dos investidores estão os custos de aquisição dos activos da Liberty’s Global na Alemanha e Europa de Leste, que ascenderam aos 22 mil milhões de dólares (19,6 mil milhões de euros) – e que contribuem também para a dívida. As condições mais exigentes em alguns mercados europeus e a evolução do 5G também motivam receios da parte dos investidores.

No balanço do primeiro semestre fiscal - compreendido entre Abril e Setembro -, que foi apresentado esta terça-feira, a Vodafone registou perdas operacionais de 2,07 mil milhões de euros, justificadas pela alienação da Vodafone India, avançou a empresa. As receitas também decresceram, 5,5% para os 21,80 mil milhões. Os lucros desceram desta forma a terreno negativo, acumulando uma perda de 7,8 mil milhões de euros.

As medidas anunciadas parecem contudo ter agradado aos mercados. A empresa está a valorizar 7,11% para os 154,62 pences, um máximo de 10 de Outubro. Isto, numa altura em que a Vodafone tem estado a negociar em mínimos de 2019, e já perdeu 34,16% do valor em bolsa desde o início do ano. 

Já a Vodafone Portugal fechou o seu primeiro semestre fiscal com receitas totais de 520 milhões de euros, o que traduz um aumento de 1,9% face ao mesmo período do ano anterior. Tendo em conta as receitas de serviços, o crescimento foi de 2,3% para 490 milhões de euros.




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