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Vodafone encontrou falhas de segurança em dispositivos Huawei entre 2009 e 2011

Os routers fornecidos pela Huawei à Vodafone, e distribuídos em Itália, terão apresentado falhas de segurança que permitiam à empresa chinesa aceder a computadores ou dados encriptados.

Bloomberg
30 de Abril de 2019 às 12:45
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A Vodafone revelou à Bloomberg que encontrou vulnerabilidades em equipamento da Huawei fornecidos para o mercado italiano, embora a Vodafone garanta que estes problemas já estão resolvidos.

A rede de telecomunicações britânica, a maior da Europa, identificou características no software da Huawei que poderiam dar acesso à empresa chinesa, sem autorização, à linha de rede fixa italiana, um sistema que disponibiliza internet a milhões de casas e empresas. Estas informações constam de documentos elaborados entre 2009 e 2011, consultados pela Bloomberg. O mesmo tipo de falhas foi detetado pela Vodafone noutras redes.

A Vodafone pediu à Huawei para remover estas características dos routers domésticos em 2011 e recebeu garantias do fornecedor de que estas falhas haviam sido resolvidas. Contudo, testes posteriores mostraram o contrário, de acordo com os documentos.

A Huawei esclarece que a situação foi "identificada e corrigida em 2011 e 2012", realçando em comunicado que "as vulnerabilidades de software são um desafio de toda a indústria." A empresa realça ainda que "sempre que uma vulnerabilidade é identificada, trabalhamos lado-a-lado com os nossos clientes na tomada das medidas corretivas apropriadas."

As falhas detetadas consistiam na existência de "backdoors", as quais permitem contornar a segurança e aceder a um computador ou dados encriptados. Embora sejam comuns em alguns equipamentos para que os técnicos acedam aos mesmos, também podem ser exploradas por invasores exteriores.

Estas revelações surgem numa altura em que a Huawei tem estado debaixo de fogo, com acusações provenientes sobretudo dos Estados Unidos. A administração de Trump alertou para a possibilidade de os equipamentos fornecidos pela Huawei serem utilizados pelo Governo chinês para efeitos de espionagem, em especial após a aprovação de uma lei na China que exige às empresas que cooperem com o Governo se solicitado. A tecnológica chinesa tem negado as acusações.

(Notícia atualizada às 15:40 com declaração da Huawei)

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