A Oi e a PT escreveram ao Governo timorense a informar da existência de um potencial comprador da participação da PT na operadora de telecomunicações Timor Telecom, disse à agência Lusa fonte do executivo.

"A carta não identifica o comprador", disse fonte do gabinete do ministro dos Transportes e Telecomunicações, Pedro Lay.

Segundo a fonte, a carta foi enviada para o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão e para os gabinetes de Pedro Lay e da ministra das Finanças, Emília Pires.

Fontes do sector consideram que a carta pode ser uma tentativa de sugerir ao Governo timorense que amplie a sua participação da TT, comprando a participação da PT.

Uma decisão do Governo timorense não vai ser tomada para já até porque tanto Pedro Lay como Emília Pires integram o grupo de ministros que vão sair do executivo na remodelação do final deste mês, como confirmaram à Lusa fontes do executivo.

Fonte do Governo confirmou à Lusa que no novo organigrama as pastas de Transportes e Telecomunicações vão agora ficar nas mãos de Gastão de Sousa que as acumula com a pasta de Obras Públicas, que já era de sua responsabilidade.

O novo Governo deverá ser conhecido no dia 31 de Janeiro e a tomada de posse está prevista para a tarde de 6 de Janeiro, segundo disse à Lusa fonte do executivo.

Recorde-se que na TT, a PT tem participações directas, no valor de 3,05% do capital, e indirectas de 41,05% através da sociedade Telecomunicações Públicas de Timor (TPT) que controla, por seu lado, 54,01% do capital da empresa timorense.

O capital da TPT é controlado pela PT (76%), pela Fundação Harii - Sociedade para o Desenvolvimento de Timor-Leste (ligada à diocese de Baucau) que controla 18% e pela Fundação Oriente (6%).

Na TT o capital está dividido entre a TPT (54,01%), o Estado timorense (20,59%), a empresa com sede em Macau VDT Operator Holdings (17,86%), o empresário timorense Julio Alfaro (4,49%) e a PT Participações SGPS (3,05%).

Em recente entrevista à Lusa o empresário timorense Julio Alfaro disse que está interessado em ampliar a sua participação na Timor Telecom, caso a PT coloque a sua participação maioritária à venda, se o Estado timorense assumir o controlo da operadora.