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Piratas informáticos atacam cada vez mais “smartphones” Android
O número de virus detectados nas plataformas móveis estão a aumentar “drasticamente”, diz a Kaspersky Lab. E o sistema da Google, Android, sendo líder de mercado é o mais atacado. No segundo trimestre, a empresa detectou mais de 100 mil variantes de “malware”, valor que compara com as cerca de 47 mil detectadas há um ano.
“O malware baseado em Android tem evoluído significativamente face às restantes outras plataformas e tornou-se favorito dos cibercriminosos entre todos os sistemas operativos móveis. Pode-se mesmo considerá-lo o equivalente ao Windows no mundo dos smartphones”, descreve a Kaspersky em comunicado.
Os cibercriminosos redistribuem as aplicações maliciosas modificadas em sites onde possam ser descarregadas pelos utilizadores, como as lojas de aplicações de terceiros, explica a mesma fonte.
Em termos de tipo de virus, a Kaspersky Lab detalhou que no “ranking” do malware móvel, o primeiro lugar é ocupado pelos Backdoors (é uma falha que abre uma porta para o pirata instalar um virus no sistema), com 32,3%, seguindo-se os Trojans SMS (são mensagens maliciosas gratuitas que pedem para descarregar algo que contém virus), com 27,7%. Os Trojans regulares são os terceiros na classificação (23,2%) e os Trojans Spys (serve para espionar a informação do dispositivo) ocupam o quarto posto, com 4,9%.
A empresa de “software” de anti-virus alerta que no passado mês de Junho, o “ransomware” (programa malicioso que procura extorquir dinheiro aos utilizadores sequestrando o seu dispositivo) chegou ao mundo móvel, ou mais precisamente, uma mistura de falso antivírus e “ransomware”.
A aplicação detectada chama-se “Free Calls Update” e depois de executada tenta obter os privilégios de administrador do dispositivo para modificar a configuração e poder activar/desactivar as conexões Wi-Fi e 3G de acesso à Internet.
Durante o segundo trimestre, “a Kaspersky Lab detectou aquele que é provavelmente o Trojan para Android mais sofisticado de todos os tempos. É capaz de mandar SMS para números de valor acrescentado, descarregar outros programas maliciosos e instalá-lo no dispositivo infectado e/ou enviá-lo através de Bluetooth”.