A Corticeira Amorim realiza pela primeira vez o seu Capital Markets Day, reunindo na Herdade de Rio Frio investidores e analistas portugueses e estrangeiros – uma prática que já é levada a cabo por outras cotadas.

Aproveitando a ocasião, a empresa anuncia que vai agregar três unidades de negócio num novo segmento. Assim, o grupo liderado por António Rios de Amorim "irá desenvolver, nos próximos meses, uma nova organização, agregando as três unidades de negócio: a Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation, numa nova unidade designada Amorim Cork Solutions", pode ler-se no comunicado enviado esta quinta-feira à CMVM.

João Pedro Azevedo, atual CEO da Amorim Cork Composites, acumulará as funções de CEO da Amorim Cork Flooring e será o líder da Amorim Cork Solutions a partir de janeiro de 2025.

O objetivo é garantir "o crescimento sustentável da Corticeira Amorim e as sinergias obtidas conduzirão a uma organização mais eficiente das operações ‘não rolha’, o que levará, a médio prazo, a um melhor desempenho, contribuindo para a diversificação do seu portefólio de aplicações", defende a Corticeira.

No fundo, a empresa chegou à conclusão de que nos segmentos não rolha "a partilha de meios e recursos, bem como a exploração da capacidade produtiva instalada e das tecnologias, trarão maior eficiência e eficácia às operações", acrescenta a cotada liderada por António Rios de Amorim.

Nos últimos anos, a Amorim Cork Flooring "tem apresentado um desempenho negativo". Face a esta situação, em maio, a Corticeira iniciou um processo de reestruturação desta unidade de negócio "que implicou o ajustamento da sua estrutura produtiva e de suporte à dimensão atual das vendas, de forma a reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência pela otimização industrial".

Este processo inclui ainda medidas de "otimização comercial" e a alteração do modelo de distribuição, "que prevê o encerramento ou otimização das empresas de distribuição próprias no exterior", acrescenta a empresa. Estas medidas acrescem a esta decisão de agregar várias unidades de negócio numa só.