Notícia
Century 21 fatura 48 milhões de euros no semestre apesar de queda no preço médio de venda de casas
A faturação cresceu 17% até junho, mas a imobiliária admite que é “clara” a limitação do poder de compra dos portugueses. Sobre as novas medidas para a habitação, afirmam “é um “erro qualquer medida de incentivo e apoio à procura demasiado genérica”.
Com um crescimento de 17% face ao período homólogo, a faturação da Century 21 atingiu os 48 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano. Estes valores traduzem-se, segundo cálculos da agência imobiliária, num aumento de 10% no primeiro trimestre e 24% no segundo.
A par das 8.830 transações de vendas registadas, num total de 1.767 milhões de euros, a empresa viu os arrendamentos somarem 10% até março e 13% até junho, em relação ao mesmo período de 2023.
"Os dados do INE foram de quebra nas transações superior a 4% (-4%), mas a Century 21 Portugal conseguiu manter o nível de 2023", assegura, em comunicado. Dentro do leque de clientes, mais de metade (71%) são nacionais, mas na corrida das compras têm concorrentes de peso, como os EUA, a França, o Reino Unido e a Holanda.
"2024 arrancou com uma clara demonstração do impacto da limitação do poder de compra dos portugueses, com as famílias a reverem os seus critérios de seleção de casa, abdicando do tamanho (casas mais pequenas), selecionando diferentes zonas da cidade ou outras localidades nas periferias", admite a Century 21.
A limitação levou a uma queda de 4% no preço médio de venda, agora fixado nos 190,429 euros. O CEO da imobiliária, Ricardo Sousa, acredita que a "elasticidade da procura nacional" está "no limite".
Apesar de a Eurostat revelar que Portugal foi o sétimo país que registou a maior subida homóloga dos preços das casas à venda no início de 2024, os dados da Century 21 contrariam essa tendência.
Entre desafios como a mobilidade urbana e a revisão das leis de planeamento e edificação urbano, a imobiliária aponta críticas aos novos incentivos para a habitação instaurados pelo atual governo, sobretudo os direcionados aos jovens.
"É um erro qualquer medida de incentivo e apoio à procura demasiado genérica". Apesar de as ajudas soarem "como música para os ouvidos daqueles que sonham com a primeira casa", a empresa defende que a única solução é aumentar a oferta. "Vamos ser realistas: a verdadeira barreira para a aquisição de imóveis pelos jovens portugueses vai muito além dos impostos. Os baixos rendimentos e a precariedade dos primeiros empregos são obstáculos muito mais significativos, que a isenção fiscal não resolve", salienta Ricardo Sousa.
A par das 8.830 transações de vendas registadas, num total de 1.767 milhões de euros, a empresa viu os arrendamentos somarem 10% até março e 13% até junho, em relação ao mesmo período de 2023.
"2024 arrancou com uma clara demonstração do impacto da limitação do poder de compra dos portugueses, com as famílias a reverem os seus critérios de seleção de casa, abdicando do tamanho (casas mais pequenas), selecionando diferentes zonas da cidade ou outras localidades nas periferias", admite a Century 21.
A limitação levou a uma queda de 4% no preço médio de venda, agora fixado nos 190,429 euros. O CEO da imobiliária, Ricardo Sousa, acredita que a "elasticidade da procura nacional" está "no limite".
Apesar de a Eurostat revelar que Portugal foi o sétimo país que registou a maior subida homóloga dos preços das casas à venda no início de 2024, os dados da Century 21 contrariam essa tendência.
Entre desafios como a mobilidade urbana e a revisão das leis de planeamento e edificação urbano, a imobiliária aponta críticas aos novos incentivos para a habitação instaurados pelo atual governo, sobretudo os direcionados aos jovens.
"É um erro qualquer medida de incentivo e apoio à procura demasiado genérica". Apesar de as ajudas soarem "como música para os ouvidos daqueles que sonham com a primeira casa", a empresa defende que a única solução é aumentar a oferta. "Vamos ser realistas: a verdadeira barreira para a aquisição de imóveis pelos jovens portugueses vai muito além dos impostos. Os baixos rendimentos e a precariedade dos primeiros empregos são obstáculos muito mais significativos, que a isenção fiscal não resolve", salienta Ricardo Sousa.