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Bulgária começa a substituir o combustível russo na sua central nuclear

A Bulgária deixou de importar gás russo para consumo próprio, embora continue a ser um centro de abastecimento de gás através do gasoduto Turkstream.

Reuters
10 de Junho de 2024 às 15:03
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A Bulgária começou esta segunda-feira a utilizar o combustível do gigante americano Westinghouse na sua única central nuclear de Kozlodoui (norte), dando um passo para reduzir a sua dependência da energia russa.

Esta central de conceção soviética, que fornece mais de um terço da eletricidade consumida neste país dos Balcãs, funcionava até agora com combustível russo. Tem duas unidades com uma capacidade de 1.000 megawatts, cada uma.

O reator mais antigo, datado de 1987, foi ligado com êxito à rede elétrica durante a manhã, após o carregamento de "43 conjuntos de combustível, fabricados pela Westinghouse", anunciou a central num comunicado de imprensa.

O processo de transição deverá durar quatro anos.

Com o mesmo objetivo de "diversificar os fornecimentos", o segundo reator será abastecido com combustível da empresa francesa Framatome a partir de 2025, ao abrigo de um acordo assinado no final de 2022.

A Bulgária, membro da União Europeia e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), era quase totalmente dependente de Moscovo no que diz respeito à energia, antes da invasão russa da Ucrânia, mas desde então mudou fortemente a sua estratégia para a diversificação.

No mesmo local de Kozlodoui, deverão ser construídos dois novos reatores, pela primeira vez de conceção americana, até à década de 2030.

A Bulgária deixou de importar gás russo para consumo próprio, embora continue a ser um centro de abastecimento de gás através do gasoduto Turkstream.

A República Checa, a Eslováquia e a Hungria também assinaram acordos de fornecimento de combustível nuclear com a Westinghouse e a Framatome.



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