Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Trump quer que acionistas dos EUA integrem "joint venture" para deter 50% do TikTok

Ainda nem tomou posse, mas Donald Trump já trouxe o TikTok de volta. A aplicação ficou indisponível na noite de sábado depois de ter sido aprovada uma lei nos EUA. A empresa-mãe já está a restaurar o serviço e o Presidente eleito quer agora metade da posição da rede social.

A rede social chinesa TikTok está no centro de nova disputa entre Donald Trump e a China.
HAYOUNG JEON/EPA
20 de Janeiro de 2025 às 13:00
  • ...

"Francamente, não temos escolha. Temos de salvá-lo". A promessa de Donald Trump foi cumprida e, mesmo antes de tomar posse, o Presidente eleito conseguiu que o TikTok ficasse novamente disponível nos Estados Unidos. 

Mas, mais do que permitir que esteja disponível nos Estados Unidos, o Presidente eleito que esta segunda-feira toma posse na Casa Branca, quer mesmo que a rede social seja detida a 50% por acionistas norte-americanos. 

Na sua rede social, Truth Social, Trump revelou que a nova administração "gostaria que os Estados Unidos tivessem uma posição acionista de 50% numa 'joint venture'". 

A rede social gerida pela chinesa ByteDance já está a restaurar o serviço do outro lado do Atlântico, onde a aplicação ficou indisponível desde a noite de sábado, 18 de janeiro. Isto depois de o Supremo Tribunal ter mantido uma lei aprovada pelo Congresso que obriga o TikTok a uma das duas opções: ou se desvinculava da empresa-mãe, ou enfrentava o encerramento. 

O republicano garantiu que iria reativar o acesso à rede social no país quando regressasse à Casa Branca esta segunda-feira. A legislação permite que o chefe de Estado adie a aplicação da lei por 90 dias enquanto se procura um novo comprador, uma alternativa oferecida à empresa-mãe em vez da proibição.

Assim, o período de tempo estende-se antes que as proibições entrem em vigor, "para que possamos fazer um acordo para proteger a nossa segurança nacional", afirmou o republicano no último comício antes da tomada de posse.

A mensagem chegou desde logo aos mais de 170 milhões de utilizadores americanos: "Como resultado dos esforços do presidente Trump, o TikTok está de volta aos EUA".
A empresa agradeceu ainda ao novo Presidente por "fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviços de que não estão a enfrentar sanções por disponibilizar o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de sete milhões de pequenas empresas prosperem". 

O TikTok está de volta, mas não com 100% das funcionalidades habituais. Na noite de domingo, a rede social ainda não estava disponível na Apple Store.

Até ao momento, a ByteDance recusou-se a vender a plataforma, que foi lançada há apenas dez anos e que se tornou indispensável para a grande maioria dos jovens utilizadores da Internet.

Mesmo que Trump decida reverter a medida, a entrada em vigor desta lei marca a primeira vez na história que os Estados Unidos da América proíbem uma rede social a nível nacional.

Ver comentários
Saber mais TikTok ByteDance Donald Trump Estados Unidos Política Joint venture Empresas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio