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Trabalhadores da Carris aceitam alterações salariais e vão negociar horário

O sindicato afeto à central CGTP-IN foi também "mandatado para dar continuidade ao processo de negociações, nas próximas semanas, para a calendarização das 35 horas semanais", acrescentou Manuel Leal.

Manuel de Almeida / Lusa
09 de Abril de 2025 às 19:42
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Os trabalhadores da Carris mandataram o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos para assinar o acordo de alteração salarial e prosseguir as negociações das horas de trabalho semanais, afastando para já nova greve, disse esta quarta-feira fonte sindical.

"O STRUP/Fectrans foi mandatado para proceder à assinatura das alterações salariais colocadas à consideração pela empresa em resultado do processo de luta dos trabalhadores", avançou Manuel Leal, dirigente nacional do STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal.

O dirigente da estrutura sindical que integra a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) falava à Lusa na sequência do plenário de trabalhadores da transportadora Carris, que decorreu na estação de Miraflores (Oeiras, distrito de Lisboa), para avaliar a resposta às reivindicações dos trabalhadores pela empresa, que disse ter esgotado "a sua capacidade negocial quanto às matérias com implicação pecuniária".

O sindicato afeto à central CGTP-IN foi também "mandatado para dar continuidade ao processo de negociações, nas próximas semanas, para a calendarização das 35 horas semanais", acrescentou Manuel Leal.

No caso de as negociações não produzirem resultados nas próximas semanas, os trabalhadores mandataram ainda o STRUP/Fectrans para a convocação de uma greve "no início de junho", mas sem indicação do dia, no sentido de viabilizar a possibilidade de um acordo com a empresa.

Apesar de aceitarem as alterações salariais apresentadas pela transportadora, Manuel Leal salientou que a maioria dos trabalhadores considerou "insuficientes" as propostas "em cima da mesa".

Em comunicado, a direção do STRUP explicou que a administração da Carris apresentou "como definitiva a proposta de 70 euros na tabela, 12 euros no subsídio de refeição, o aumento do subsídio de turnos - para 6% o de dois turnos e para 9% o de três turnos - e as alterações ao RCP [regulamento de carreiras profissionais] entrarem em vigor em 01/01/2026".

Embora concordando com "o aumento dos subsídios de turno e em termos gerais com as evoluções positivas no RCP", a Fectrans manteve "completa oposição às restantes matérias, porque estão aquém do necessário aumento real dos salários e de valorização do subsídio de refeição".

Uma vez que o conselho de administração continua a adiar a retirada da "consideração do tempo de greve para efeitos da majoração das férias, o STRUP irá no imediato, solicitar a intervenção da ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho], para a reposição da legalidade", refere-se na nota.

A Companhia Carris de Ferro de Lisboa, fundada em 1872, presta serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros no município de Lisboa, sendo gerida pela câmara municipal da capital.

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