Notícia
Procura de painéis solares só deverá acompanhar a oferta em 2013
Os produtores de painéis solares poderão apenas em 2013 conseguir encontrar no mercado global níveis de procura equivalentes aos de produção, pois no próximo ano o excesso de produção continuará a crescer, segundo estimativas da consultora norte-americana ISuppli.
19 de Agosto de 2009 às 15:59
Os produtores de painéis solares poderão apenas em 2013 conseguir encontrar no mercado global níveis de procura equivalentes aos de produção, pois no próximo ano o excesso de produção continuará a crescer, segundo estimativas da consultora norte-americana ISuppli.
“Mesmo perante a crise, muitos produtores de painéis e células solares continuaram a aumentar as suas capacidades, como se a recessão nunca tivesse ocorrido”, disse Henning Wicht, analista da ISuppli, segundo noticiou a agência Bloomberg.
Em Portugal, a Martifer é uma das empresas que produzem painéis solares fotovoltaicos. A fábrica que o grupo dos irmãos Martins tem em Oliveira de Frades está a exportar a quase totalidade da sua produção, numa capacidade de cerca de 50 megawatts (MW) por ano.
Carlos Martins contraria a ideia de que os produtores estejam a acumular produção nas fábricas que não é escoada. “Não se pode falar em ‘stocks’, porque as empresas vão produzindo à medida das encomendas”, disse o presidente da Martifer ao Negócios.
Ainda assim, Carlos Martins reconhece que existe algum desequilíbrio entre procura e oferta. “Hoje em dia, a capacidade instalada de painéis fotovoltaicos em Portugal é superior à procura”, comentou o responsável da Martifer.
O analista norte-americano da ISuppli alerta, à escala global, para um “impacto de longo prazo” no negócio da energia solar, em resultado deste tipo de desequilíbrio. Henning Wicht prevê mesmo que quase metade dos painéis produzidos este ano pela Suntech Power Holdings, Sharp, Yingli Green Energy Holding e Q-Cells será armazenada em ‘stock’.
“Mesmo perante a crise, muitos produtores de painéis e células solares continuaram a aumentar as suas capacidades, como se a recessão nunca tivesse ocorrido”, disse Henning Wicht, analista da ISuppli, segundo noticiou a agência Bloomberg.
Carlos Martins contraria a ideia de que os produtores estejam a acumular produção nas fábricas que não é escoada. “Não se pode falar em ‘stocks’, porque as empresas vão produzindo à medida das encomendas”, disse o presidente da Martifer ao Negócios.
Ainda assim, Carlos Martins reconhece que existe algum desequilíbrio entre procura e oferta. “Hoje em dia, a capacidade instalada de painéis fotovoltaicos em Portugal é superior à procura”, comentou o responsável da Martifer.
O analista norte-americano da ISuppli alerta, à escala global, para um “impacto de longo prazo” no negócio da energia solar, em resultado deste tipo de desequilíbrio. Henning Wicht prevê mesmo que quase metade dos painéis produzidos este ano pela Suntech Power Holdings, Sharp, Yingli Green Energy Holding e Q-Cells será armazenada em ‘stock’.