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Processo da Dielmar "numa situação difícil" após retirada de proposta de compra pela Leiria Outfit21, diz sindicato
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa (STBB) disse hoje que o processo da Dielmar fica numa "situação difícil", após a empresa de Leiria Outfit 21 ter retirado a sua proposta de compra.
04 de Novembro de 2021 às 18:05
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa (STBB) disse hoje que o processo da Dielmar fica numa "situação difícil", após a empresa de Leiria Outfit 21 ter retirado a sua proposta de compra.
"Nós tivemos a informação, por parte do administrador [da insolvência], que comunicou à comissão de credores que, efetivamente, o apoio [bancário] da qual a Outfit estava à espera tinha sido recusado e que retiraram a proposta. Perante essa situação, como é óbvio, ficamos aqui numa situação difícil, porque, na prática, deixam de existir propostas concretas", afirmou Marisa Tavares à agência Lusa.
A presidente do STBB, que falava no final de um plenário de trabalhadores, realizado hoje à tarde, nas instalações da empresa de confeções Dielmar, em Alcains, adiantou que foi decidida uma recolha de assinaturas num ofício que vai ser enviado ao Ministério da Economia, a exigir o pagamento do salário do mês de outubro.
A decisão foi tomada durante o plenário de trabalhadores, não estando para já estabelecidas quaisquer outras medidas de ação, segundo adiantou à Lusa a responsável.
"Aquilo que saiu desta reunião foi a recolha de assinaturas, num ofício, para enviarmos para o Ministério da Economia, a exigir o pagamento do salário do mês de outubro. As trabalhadoras não têm culpa destes impasses no processo e deve ser garantido o pagamento do salário do mês de outubro, independentemente daquilo que se venha a colocar no dia 10", sustentou.
A sindicalista disse ainda que, caso surja alguma informação "importante ou relevante" para o processo, os trabalhadores irão reunir novamente na segunda-feira, às 14:30, em Alcains.
"Se não tivermos [nenhuma informação], estaremos no dia 10, em concentração, em frente ao Tribunal do Fundão e iremos exigir que sejam tomadas medidas de salvaguarda do pagamento do salário de outubro e que se chegue a uma decisão que também salvaguarde os direitos dos trabalhadores e que se ponha fim a este impasse no processo", frisou.
A assembleia de credores da empresa de confeções Dielmar decidiu, no dia 26 de outubro, agendar uma nova reunião para 10 de novembro, para que a comissão de credores tivesse tempo para discutir as propostas existentes.
Fundada em 1965, em Alcains, no concelho de Castelo Branco, por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a Dielmar, que empregava atualmente mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de covid-19.
A Dielmar pediu a insolvência no passado dia 2 de agosto, tendo o Juízo de Comércio do Fundão da Comarca de Castelo Branco declarado a insolvência da empresa no dia seguinte.
Em 26 de outubro, a assembleia de credores da Dielmar decidiu agendar uma nova reunião para o dia 10 de novembro, para que a comissão de credores discuta as duas propostas existentes, uma das quais de 10 milhões de euros.
A assembleia de credores, que decorreu no Tribunal do Fundão, foi surpreendida nesse com a divulgação dos pormenores de uma das duas propostas existentes e que envolve um total de 10 milhões de euros e que abrangem a totalidade dos ativos da empresa.
O sindicato não se pronunciou hoje, a propósito desta proposta dos 10 milhões de euros, referindo-se apenas à proposta da empresa de Leiria.
"Nós tivemos a informação, por parte do administrador [da insolvência], que comunicou à comissão de credores que, efetivamente, o apoio [bancário] da qual a Outfit estava à espera tinha sido recusado e que retiraram a proposta. Perante essa situação, como é óbvio, ficamos aqui numa situação difícil, porque, na prática, deixam de existir propostas concretas", afirmou Marisa Tavares à agência Lusa.
A decisão foi tomada durante o plenário de trabalhadores, não estando para já estabelecidas quaisquer outras medidas de ação, segundo adiantou à Lusa a responsável.
"Aquilo que saiu desta reunião foi a recolha de assinaturas, num ofício, para enviarmos para o Ministério da Economia, a exigir o pagamento do salário do mês de outubro. As trabalhadoras não têm culpa destes impasses no processo e deve ser garantido o pagamento do salário do mês de outubro, independentemente daquilo que se venha a colocar no dia 10", sustentou.
A sindicalista disse ainda que, caso surja alguma informação "importante ou relevante" para o processo, os trabalhadores irão reunir novamente na segunda-feira, às 14:30, em Alcains.
"Se não tivermos [nenhuma informação], estaremos no dia 10, em concentração, em frente ao Tribunal do Fundão e iremos exigir que sejam tomadas medidas de salvaguarda do pagamento do salário de outubro e que se chegue a uma decisão que também salvaguarde os direitos dos trabalhadores e que se ponha fim a este impasse no processo", frisou.
A assembleia de credores da empresa de confeções Dielmar decidiu, no dia 26 de outubro, agendar uma nova reunião para 10 de novembro, para que a comissão de credores tivesse tempo para discutir as propostas existentes.
Fundada em 1965, em Alcains, no concelho de Castelo Branco, por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a Dielmar, que empregava atualmente mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de covid-19.
A Dielmar pediu a insolvência no passado dia 2 de agosto, tendo o Juízo de Comércio do Fundão da Comarca de Castelo Branco declarado a insolvência da empresa no dia seguinte.
Em 26 de outubro, a assembleia de credores da Dielmar decidiu agendar uma nova reunião para o dia 10 de novembro, para que a comissão de credores discuta as duas propostas existentes, uma das quais de 10 milhões de euros.
A assembleia de credores, que decorreu no Tribunal do Fundão, foi surpreendida nesse com a divulgação dos pormenores de uma das duas propostas existentes e que envolve um total de 10 milhões de euros e que abrangem a totalidade dos ativos da empresa.
O sindicato não se pronunciou hoje, a propósito desta proposta dos 10 milhões de euros, referindo-se apenas à proposta da empresa de Leiria.