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Norte paga melhor mas tem menos crédito

A queda do financiamento bancário às empresas é maior junto do tecido produtivo da região Norte, com um recuo de 9% no terceiro trimestre face à média nacional de 7,6%, apesar de registar um nível de incumprimento menor (11,4% vs 12,7%), de acordo com o boletim “Norte Conjuntura” da CCDRN.

19 de Dezembro de 2013 às 21:00
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O financiamento dos bancos às empresas portuguesas continua em queda, enquanto os níveis de incumprimento destas com aqueles atingiram novos máximos, com a região Norte a ser mais penalizada no fecho da torneira bancária apesar de ser a que regista menor risco no cumprimento das suas obrigações financeiras.

 

No final do terceiro trimestre deste ano, o financiamento do sistema bancário e financeiro às empresas (valor total da carteira de crédito) registava uma queda de 7,6% a nível nacional face há um ano e 9% para as empresas com sede na região Norte.

 

Já o incumprimento bancário (rácio de crédito vencido em % de crédito concedido) aumentou, atingindo 12,7% a nível nacional e 11,4% para as empresas nortenhas.

 

“Assim, as empresas da Região do Norte têm vindo a sofrer (desde há dois anos) uma redução no acesso ao crédito mais acentuada do que aquilo que se observa a nível nacional, apesar de apresentarem (em 2013) um risco de incumprimento menos elevado”, concluiu a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) no boletim “Norte Conjuntura” relativo ao terceiro trimestre.

 

Uma tendência que é replicada ao nível do endividamento global das famílias perante os bancos. No final de Setembro, o financiamento bancário às famílias nortenhas (incluindo crédito a empresários em nome individual) apresentava um recuo homólogo de 5,1%, contra a média nacional de 4,9%, sendo ambos resultados idênticos aos do trimestre anterior. O rácio de crédito vencido atingia 4,2%, ligeiramente inferior face aos 4,3% de média nacional.

 

O “Norte Conjuntura” dá ainda conta, entre outros indicadores, do aumento de 4,6% do valor das exportações regionais no terceiro trimestre, sobretudo por causa das vendas de calçado. “Esta indústria atravessa, a nível nacional, um momento de expansão dos seus negócios, com impacto positivo sobre a utilização de mão-de-obra”, lê-se no relatório.

 

Também a taxa de desemprego baixou no Norte neste terceiro trimestre, de 17,2% para 16,6% - “mas sem que houvesse criação líquida de emprego”, ressalva o boletim da CCDRN, enfatizando que o emprego regional “diminuiu 4,4% em termos homólogos e estabilizou face ao trimestre anterior”.

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