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Japonesa 7-Eleven rejeita proposta de compra de 39 mil milhões da rival canadiana Circle K

Negócio não só representaria a maior aquisição estrangeira de uma empresa japonesa como abriria caminho à formação de um gigante mundial das lojas de conveniência, mas japoneses entendem que a oferta dos rivais canadianos subestima significativamente o valor da empresa.

06 de Setembro de 2024 às 13:30
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A dona da cadeia de lojas de conveniência 7-Eleven rejeitou a proposta de compra de 38,7 mil milhões de dólares (34,8 mil milhões de euros ao câmbio atual) feita pela rival Alimentation Couche-Tard (ACT), que detém a rede Circle K, por entender que a oferta não só é "oportunista" em termos temporais como demasiado baixa.

Segundo o Nikkei Asia, publicação irmã do Financial Times, a Seven & i, com sede em Tóquio, tornou público que fez saber que, a seu ver, a proposta da empresa canadiana "subestima significativamente" o valor da empresa e o seu potencial, razão pela qual o "board" concluiu, por unanimidade, que "não serve os melhores interesses dos acionistas".

E, além disso, a dona da 7-Eleven, que conta 85 mil lojas em mais de 20 países e territórios, apontou que a oferta não tem em linha de conta importantes questões regulatórias, incluindo obstáculos ao nível da concorrência nos Estados Unidos, acrescenta o Wall Street Journal.

Na carta enviada à rival, a Seven & i diz estar "sinceramente aberta" a considerar qualquer proposta, mas deixou claro que irá "resistir" às que "privem os acionistas do valor intrínseco da empresa ou que falhe em abordar especificamente preocupações regulatórias muito reais", já que não referiu, por exemplo, o nível de desinvestimento necessário ou o tempo que pode ser preciso para ultrapassar barreiras regulatórias.

A resposta surge menos de um mês depois de ter sido conhecida a oferta que levou, aliás, o "board" da Seven & i avançar com a formação de uma comissão especial "composta unicamente por administradores independentes externos para a analisar", liderada por Stephen Hayes Dacus, um veterano executivo do retalho.

A concretizar-se, o negócio representaria não só a maior aquisição de uma companhia japonesa por parte de uma estrangeira, como também abria caminho à criação de um colosso mundial de lojas de conveniência. A faturação combinada das duas empresas será na ordem dos 20 biliões de ienes (135 mil milhões de dólares ou 122 mil milhões de euros).

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