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Hilti Portugal ascende a "melhor empresa para trabalhar"
A empresa de Matosinhos que trabalha para a construção civil toma a liderança à Ericsson, que cai para a oitava posição em 2016. A Philips e a imobiliária KW Business fecham o pódio do ranking da revista Exame. Veja as primeiras 10 empresas do ranking.
A Hilti Portugal surge no topo da lista da edição de 2016 do estudo "As Melhores Empresas para Trabalhar", que analisa há 15 anos consecutivos as práticas de Recursos Humanos e distingue as empresas com o maior grau de compromisso dos seus trabalhadores.
Fornecedora de software, tecnologias, serviços e ferramentas para a construção civil, a filial do grupo sedeado em Schaan, no Liechtenstein, ascende à liderança nesta iniciativa anual da revista Exame, agora em parceria com a escola de negócios AESE, aberta a empresas com mais de dez trabalhadores ou facturação acima de dois milhões de euros. Ultrapassa a Ericsson, que tinha dominado as duas últimas edições e cai este ano para a oitava posição.
Dos 98 funcionários da empresa, presente no país desde 1978 e instalada actualmente no Parque Empresarial da Lionesa, em Matosinhos, 60% têm formação superior. A média das idades é de 39 anos e a antiguidade ronda os 11 anos. Presença habitual noutros prémios, como o que conquistou este ano de "Empresa Mais Feliz", é também distinguida na categoria de desenvolvimento de pessoas e melhores práticas de gestão responsável.
Na edição de Dezembro, a revista do grupo Impresa destaca o pequeno-almoço "digno de hotel" servido todas as manhãs por uma empresa de catering, o processo de integração através de um padrinho que "orienta e aconselha informalmente" o novo colaborador, ou o orçamento anual para a formação, que este ano ronda os 71 mil euros.
"A empresa não falha quando as pessoas precisam. Exemplo disso foi a postura da administração durante os anos de maior crise no sector da construção. Ninguém foi dispensado, nem mesmo quando as receitas desceram a valores negativos. António Raab, director-geral, aguentou o barco, formando recursos excedentes numa área para serem integrados noutras, e nunca reduziu ou retirou qualquer benefício à equipa. Em compensação, quando as coisas melhoraram, em 2014, todos foram surpreendidos com um salário e meio extra", lê-se no artigo.
Sobe e desce, até ao início do século
A queda da Ericsson, que na última edição era destacada pela política de benefícios, a formação contínua, o apoio à maternidade e o subsídio escolar dado aos filhos dos trabalhadores, foi aproveitada também pela filial portuguesa da Philips. Com sede em Oeiras e perto de uma centena de trabalhadores, a empresa que se destaca nas áreas da iluminação, cuidados de saúde e produtos de grande consumo sobe este ano à segunda posição.
A KW Business (Keller Williams), que em Portugal está nas mãos do Grupo Business, de Vila Nova de Famalicão, e reclama ser a imobiliária líder na região Norte, entra directamente para o terceiro posto. Do top 10 fazem ainda parte a Edge Innovation, a Luso-Atlântica, a Sector Interactivo, a Bresimar Automação, a já referida Ericsson, a BySide e a Wide Travel & Events.
Segundo a lista fornecida ao Negócios, o primeiro vencedor deste galardão foi a Microsoft. A lista de há 15 anos tinha apenas dez empresas finalistas e nenhuma delas surge em destaque na edição de 2016. A título de curiosidade, além da multinacional então liderada por Bill Gates, as premiadas no início deste século foram a HP, Compaq, Merck, Sharp & Dohme, Roche, Bento Pedroso, Arthur Andersen, Zagope, Continental Mabor e Capgemini.