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Greve da próxima semana na Cimpor alargada a mais três empresas do grupo

Estão a ser convocadas concentrações dos trabalhadores em greve junto à entrada das fábricas da Maia, Souselas, Alhandra, Alenquer e Loulé.

A Cimpor foi vendida pelos turcos da Oyak à Taiwan Cement Corporation no início do mês passado.
Miguel Baltazar
12 de Abril de 2024 às 11:15
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A greve de três dias na Cimpor, de 16 a 19 deste mês, foi alargada a mais empresas do grupo, abrangendo agora também os trabalhadores da Ciarga - Argamassas e, no dia 18, os da Cimpor - Serviços e da Sacopor.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) avança que estão a ser convocadas concentrações dos trabalhadores em greve para as 08:00 da manhã de todos os dias da greve, junto à entrada das fábricas da Maia, Souselas, Alhandra, Alenquer e Loulé.

Os trabalhadores reclamam aumentos salariais de 8% em 2024, num mínimo de 200 euros, um período normal de trabalho de 37 horas semanais a partir de 01 de janeiro de 2025, o pagamento de anuidades, a retribuição do trabalho por turnos, feriados no regime de laboração contínua e o pagamento do 15.º mês.

Entre as reivindicações estão ainda apoio escolar a filhos dos trabalhadores, transportes e abonos para deslocações, o alargamento da progressão de carreira de diversas categorias profissionais, a criação de uma nova categoria profissional de Oficial de Conservação Elétrica e Eletrónica e melhorias no serviço de prevenção.

"A administração fugiu à negociação e decidiu avançar unilateralmente com uma atualização de 4,5% nos salários e outras matérias pecuniárias, que fica muito aquém das reivindicações dos trabalhadores, para além de recusar negociar a redução do horário semanal de trabalho, melhorias nas carreiras profissionais e a aplicação do apoio na saúde a todos os trabalhadores, reformados e familiares", justifica a Feviccom.

Segundo a federação sindical, a Cimpor, adquirida recentemente pela Taiwan Cement Corporation (TCC), "integra o terceiro maior grupo cimenteiro mundial, com condições económicas e financeiras bastantes para responder positivamente às propostas dos trabalhadores".

A paralisação em defesa da proposta de revisão do Acordo de Empresa foi decidida pelos trabalhadores em recentes plenários realizados nas fábricas, "mais de vinte anos depois da última greve realizada", segundo a coordenadora da Feviccom, Fátima Messias.
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