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Galp sobe mais de 2% após compra de blocos no Brasil
A Galp Energia iniciou a sessão em alta, beneficiando do anúncio de que comprou sete blocos de exploração petrolífera no Brasil. Os investidores estão à espera que estes projectos resultem num aumento da capacidade de produção de petróleo na empresa portu
A Galp Energia iniciou a sessão em alta, beneficiando do anúncio de que comprou sete blocos de exploração petrolífera no Brasil. Os investidores estão à espera que estes projectos resultem num aumento da capacidade de produção de petróleo na empresa portuguesa.
As acções da Galp Energia sobem 2,06% para 14,34 euros, depois de ontem já terem fechado o dia a somar mais de 3%. Antes do fecho da sessão de ontem a Galp tinha comunicado a compra de um bloco petrolífero e ontem à noite anunciou que venceu a licitação de mais seis.
A valorização destes dois dias elevou a capitalização bolsista da Galp energia para 11,89 mil milhões de euros.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ao início da noite de ontem, a empresa liderada por Ferreira de Oliveira revelou que os consórcios que integra compraram um total de sete blocos para exploração no Brasil, num investimento global de 128,9 milhões de reais (47,1 milhões de euros).
Pelo primeiro bloco, o consórcio pagou 15,3 milhões de reais (5,6 milhões de reais), já pelos três blocos conquistados na Bacia de Santos (Bloco S-M-1162, Bloco S-M-1163 e Bloco S-M-1227), a petrolífera, em parceria com a Petrobrás e a Queiroz Galvão Óleo e Gás despendeu 106 milhões de reais (38,8 milhões de euros). Neste consórcio, a Galp detém 20%, a Petrobrás 60% e a Queiroz Galvão os restantes 20%.
A estes juntam-se ainda mais três blocos (Bloco PEPB-M-783, Bloco PEPB-M-837 e o Bloco PEPB-M-839), na Bacia de Pernambuco-Paraíba. Ao contrário dos anteriores, estes blocos "encontram-se localizados numa zona denominada ‘nova fronteira’", revela a empresa em comunicado, acrescentando que "o prémio pago por estes três blocos totalizou 7,6 milhões de reais" (2,78 milhões de euros).
Nestes blocos, na Bacia Pernambuco-Paraíba, o consórcio vencedor é composto pela brasileira Petrobrás, operador com uma participação de 80%, e pela Galp Energia com 20%.
A parceria da Galp com a Petrobrás na exploração de petróleo no Brasil tem dado resultado. Recentemente, a companhia liderada por Ferreira de Oliveira anunciou uma grande descoberta petrolífera no país. O fim da prospecção do poço do Tupi Sul, no Brasil, revelou que as reservas de gás natural e de petróleo daquele poço estão avaliadas entre cinco e oito mil milhões de barris.
Esta descoberta fez disparar a cotação dos títulos da petrolífera (cerca de 25%) que atingiram a marca histórica de 15,43 euros, com várias casas de investimento a reverem as suas estimativas para a empresa de forma a reflectir a descoberta do consórcio no qual a Galp detém 10%. A Petrobrás e a BG Group são as outras companhias do consórcio.