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Carl Icahn assegura controlo da Lear por 2,15 mil milhões
A Lear Corporation, fabricante de componentes automóveis que já decidiu o encerramento de uma das duas unidades que detém em Portugal, aceitou a oferta de 2,8 mil milhões de dólares (2,15 mil milhões de euros) apresentada pelo investidor Carl Icahn sobre
A Lear Corporation, fabricante de componentes automóveis que já decidiu o encerramento de uma das duas unidades que detém em Portugal, aceitou a oferta de 2,8 mil milhões de dólares (2,15 mil milhões de euros) apresentada pelo investidor Carl Icahn sobre 84% do capital da companhia que ainda não detém.
A proposta de 36 dólares (27,66 euros) por cada acção da Lear fica abaixo do preço dos títulos da fabricante durante a sessão de ontem, de 4,07 dólares (3,12 euros) quando as negociações foram suspensas por previsão de comunicação de factos relevantes. Na altura as acções da Lear estavam a cair 6%.
O acordo, noticiado pela Bloomberg, permite contudo à Lear considerar outras propostas que sejam apresentadas no prazo limite de 45 dias. Caso se mantenha, o negócio deverá estar concluído em meados deste ano.
A Lear Corporation perdeu entre 2005 e 2006 cerca de 2,1 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) com a decisão dos fabricantes automóveis, como a General Motors e a Ford Motor, em reduzir as suas encomendas.
A companhia empreendeu desde então o processo de reorganização que levou à redução de 7% da sua força laboral a nível global, encerrando perto de 30 unidades e vender a sua área de negócio de interiores automóveis.
Em Portugal a companhia detém duas unidades, já tendo confirmado a sua decisão de encerrar, em Abril de 2007 a fábrica de Valongo, de cablagens para veículos automóveis. A empresa vai continuar em Portugal através da sua unidade fabril de Palmela, anunciou em Novembro passado, justificando então a decisão pelo facto de "embora a produção dessa unidade também estar ligada ao sector automóvel, produz outro tipo de componentes, onde a proximidade do cliente é um factor preponderante".
O empresário Carl Icahn iniciou a compra de títulos da Lear em Maio de 2006, altura em que detinha já 3,9% da fabricante. Em Outubro anunciou que tinha planos para aumentar a sua participação até 16%, tendo então colocado um representante no conselho de administração.