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Centro de distribuição da Leroy Merlin: "São precisos mais projetos como este", diz Pedro Reis

Ministro da Economia esteve na abertura do Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin saudando os "stakeholders" por "acreditarem em Portugal". Multinacional francesa planeia abrir outra "base" logística dentro de dois anos.

D.R.
03 de Dezembro de 2024 às 20:16
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O ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu que "são precisos mais projetos" como o do Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin, que abriu oficialmente portas, esta terça-feira, na Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, descrita como a maior de Portugal.

A multinacional francesa de bricolage, jardinagem e de materiais de construção figura como o principal inquilino da plataforma logística de Castanheira do Ribatejo, um investimento de 120 milhões da espanhola Montepino, detida, entre outros, pelo Bankinter Investment e pela Valfondo Inmuebles, figurando como o primeiro fora de Espanha. 

Depois de vestir o colete laranja e calçar as biqueiras pretas para um "tour" por uma fração da área de 105.500 metros quadrados da nova infraestrutura da Leroy Merlin, que representa um investimento de 8 milhões de euros a três anos, onde vão estar a trabalhar "em pleno" 400 trabalhadores, Pedro Reis subiu ao palco para descerrar a placa e, mais tarde, para discursar perante dezenas de convidados.

"É verdade quando nos dizem o quanto mundo está difícil e quanto a realidade está exigente e quanto o ano de 2025 é desafiante, mas depois há projetos como este e é isso que nos faz acreditar que a economia portuguesa tem futuro, um caminho, um espaço", afirmou.

"O que nós vemos aqui é muito para além de uma área brutal de armazém, é muito para além de pés direitos, é muito para além de uma solução de logística altamente inteligente", sublinhou, aproveitando para "agradecer a todos os 'stakeholders' por acreditarem em Portugal".

O Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin vai centralizar todas as operações logísticas no país, permitindo, segundo a empresa, "uma melhoria significativa da eficiência do serviço, assegurando maior disponibilidade de produtos e uma entrega mais rápida, tanto nas lojas como nas encomendas online".

A sustentabilidade foi outro dos pilares da nova unidade que foi construído a pensar na conquista do Leed Platinum, "selo" concedido a edifícios que atendem aos mais altos padrões de eficiência energética, uso responsável de recursos e impacto ambiental reduzido, sublinha a Leroy Merlin, destacando entre as medidas para o efeito a instalação de painéis fotovoltaicos, carregadores elétricos para veículos, iluminação LED e gestão técnica centralizada.

A segurança também sai reforçada assim como a melhoria das condições dos trabalhadores, enfatiza a multinacional francesa para a qual este centro, o seu maior em Portugal, onde chegou em 2003, representa "um importante marco na expansão da sua capacidade logística em Portugal".

Nova plataforma dentro de dois anos

O "corte de fita" aconteceu esta terça-feira, mas a nova infraestrutura de Castanheira do Ribatejo só deve ficar 100% operacional no primeiro trimestre de 2025.

A Leroy Merlin, que conta com mais de 50 lojas, emprega quase 6.000 trabalhadores e no ano passado alcançou um volume de negócios de 939 milhões de euros (+7%), segundo dados facultados anteriormente ao Negócios.

E além de prever "entre três a cinco aberturas nos próximos três anos", a Leroy Merlin tem mais ambições ao nível da logística, adiantando que planeia mais uma plataforma logística, nos próximos dois anos, desta feita em Matosinhos.

O centro da Leroy Merlin ocupa um dos maiores lotes da plataforma localizada no entroncamento da A1 (que liga Lisboa e Porto) e da A10 (que liga Lisboa a Espanha e ao Algarve). Trata-se do chamado de "km 0" da logística de distribuição em Portugal, dado que "concentra mais de 68% do parque logístico da Área Metropolitana de Lisboa, que, por sua vez, reúne mais de 80% do parque logístico em Portugal", segundo dados da Montepino.

Vila Franca de Xira esboça "ambicioso" projeto multimodal 

"Estamos a mudar a relevância económica do concelho de Vila Franca de Xira", afirmou, por seu turno, o autarca, Fernando Paulo Ferreira, aproveitando para informar o ministro da Economia que pretende dar-lhe a conhecer um plano que está a ser traçado para "a verdadeira porta de entrada na capital do país": "Estamos já a trabalhar com o apoio de empresas de toda esta grande área para apresentar ao Governo um ambicioso projeto de multimodalidade fluvial, ferroviária e rodovia".

"Em breve pediremos para conversar consigo em audiência e certamente encontraremos em si um aliado neste esforço da câmara e de todas as empresas desta zona de Lisboa", realçou.

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