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Pela primeira vez, "contactless" já supera metade dos pagamentos com cartão

O número de transações em Portugal aumentou tanto em valor como em quantidade. Os cartões foram o método mais usado pelos portugueses, nomeadamente o "contactless" que foi o método preferido em 2023, o que acontece pela primeira vez.

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Mariana Ferreira Azevedo 02 de Maio de 2024 às 15:01
O ano passado o número de transações em Portugal aumentou, com os portugueses a recorrer maioritariamente a cartões "contactless" para efetuarem os seus pagamentos. 

Em 2023 foram processados, em média, 11,6 milhões de pagamentos de retalho por dia (uma subida de 13,7% face a 10,2 milhões em 2022), no valor de 2 mil milhões de euros (um aumento de 11,1% comparando com os 1,8 mil milhões no ano anterior), indica o Banco de Portugal no Relatório dos Sistemas de Pagamentos divulgado esta quinta-feira.

Em termos de quantidade, em 2023, voltaram a ser as transações com cartões as que mais cresceram, sendo que 88,9% de todos os pagamentos foram efetuados com cartão, e destes, mais de metade foram feitos com recurso a "contactless" (53%). Isto significa que este tipo de transações é, pela primeira vez, o mais utilizado - representando cerca de 47,12% do total -, com um aumento de 31,1% em quantidade e 32,7% em valor desde 2022.

E a tendência é para que haja uma facilitação dos pagamentos cada vez maior. "A tecnologia 'contactless', os pagamentos online e as transações móveis estão cada vez mais presentes no dia a dia dos portugueses", refere o Banco de Portugal no documento. 

As transferências imediatas subiram mais de 33% tanto em quantidade como em valor, sendo o instrumento que maior crescimento registou. No entanto, o peso que estas têm no universo das transações continua a ser inferior ao da média da União Europeia. 

Uma realidade que pode mudar já a partir de 9 de janeiro do próximo ano. O dia em que entra em vigor o Regulamento Europeu sobre transferências imediatas, que prevê que "os prestadores de serviços de pagamento que disponibilizem transferências a crédito tradicionais em euros também facultem o serviço de envio e receção de transferências imediatas em euros, não podendo cobrar encargos superiores aos aplicáveis às transferências a crédito", diz o banco no relatório. Uma medida que poderá competir com o MBway, um dos serviços financeiros mais usados em Portugal. 

Terá o regulamento um impacto significativo nas contas dos bancos? Segundos fontes do setor indicaram ao Negócios que o impacto será residual.

Além disso, os débitos diretos também cresceram 7,3% e cada uma das transações teve um valor médio de 165,8 euros. 

Já em relação aos pagamentos através de cheques, têm vindo a decrescer e este ano não foi exceção, apresentando uma queda de 22,3%, relativamente ao ano passado. "Os instrumentos baseados em papel têm uma utilização cada vez mais residual, por contrapartida de um crescente recurso a instrumentos de pagamento eletrónico", conclui o Banco de Portugal.
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