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Mercado de seguros de animais cresce rapidamente em Portugal

Algumas seguradoras registam crescimentos de 50% no volume de apólices. Fidelidade, Generali Tranquilidade, Mapfre e Ageas têm oferta nesta área. Deco aconselha os consumidores a ler apólices e pede transparência.

Reuters
11 de Agosto de 2024 às 10:15
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O mercado de seguros para animais está a crescer rapidamente em Portugal, com algumas seguradoras a registarem crescimentos de 50% no volume de apólices, estando a apostar neste segmento, disseram à Lusa quatro empresas.

A Fidelidade, Generali Tranquilidade, Mapfre e Ageas são algumas das seguradoras com oferta de seguros para animais em Portugal e dão conta de taxas de crescimento rápidas, mas ainda de uma adesão baixa tendo em conta a quantidade de lares portugueses com animais de estimação.

"Temos à data de hoje [final de julho] uma carteira com 82.000 apólices em vigor, e um crescimento sustentado na ordem dos 50%", revelou a Fidelidade, que opera neste mercado já há vários anos, mas lançou um seguro mais completo e integrado em 2018.

Já a Generali Tranquilidade, desde 2022 até ao momento, regista um volume de apólices que aumentou "quase 50%, representando já mais de um milhão de euros", referiu fonte oficial.

A Ageas Portugal, que começou em 2009, conta com "aproximadamente 20.500 apólices de seguros para animais de estimação, distribuídas pelos seguintes canais: Bancassurance, através da marca Ocidental (55%); Agentes e Corretores, através da marca Ageas Seguros (37%); e diretamente em petis.pt (8%)". Este ano, registou "um crescimento de 41% no número de novas apólices", segundo Bruno Vaz - responsável pela oferta Não Vida do grupo.

A Mapfre, por sua vez, entrou no mercado dos seguros para animais em 2011, contando atualmente com mais de 20 mil apólices, tendo crescido em média 20% ao ano. "Desde 2022 a nossa carteira tem-se mantido estável", detalhou Carla Quinteiro, diretora técnica e de operações da Mapfre.

O peso deste segmento nos negócios das seguradoras começa a notar-se, mas, asseguram, ainda há espaço para crescer.

"Em termos de volume de prémios, no final de 2023, os seguros para animais de estimação do Grupo Ageas Portugal representavam aproximadamente 11% do ramo de Responsabilidade Civil", indicou Bruno Vaz.

A Fidelidade, por sua vez, destacou que "mais de metade dos clientes deste produto são novos clientes na companhia (51%) e muitos adquirem o plano 3 [o mais completo e dispendioso], o que é um excelente indicador do potencial que este produto traz a vários níveis, quer do ponto de vista de renovação de carteira, quer de valor, pois são clientes potencialmente com maior poder de compra".

Para a Mapfre, o peso deste ramo "é pequeno face ao volume total dos negócios", disse Carla Quinteiro, destacando que "no mercado de seguros não vida português os seguros de saúde, automóvel e incêndio e Multirriscos (danos em coisas) têm um peso muito mais significativo".

Associação de Defesa do Consumidor pede mais transparência

A associação de defesa do consumidor Deco aconselha os consumidores a ler bem as apólices de seguros para animais de estimação, para não terem surpresas em relação às coberturas, e apela a uma maior transparência das seguradoras.

"Ainda temos poucas reclamações", disse à Lusa o jurista da entidade, Diogo Martins, acrescentando que muitas se prendem com o facto de as "seguradoras dizerem que não cobrem determinada situação", indicou.

O jurista destacou que, do ponto de vista do consumidor, é "sempre importante perceber o que é que se está a contratar" e saber que "existem várias coberturas", que nem sempre cobrem as despesas que o cliente espera que fossem abrangidas.

Diogo Martins aconselhou ainda os tutores de animais a "consultar sempre mais do que uma seguradora" para encontrarem o que melhor se adequa às suas necessidades.

Para o jurista, na maioria dos casos, as apólices estão escritas em linguagem clara, mas a maioria das pessoas não leem as condições dos contratos.

Ainda assim, segundo Diogo Martins, quando há problemas, "as seguradoras não são transparentes, e têm de o ser, visto que, se estão a alegar algo, têm de o provar", acrescentando que, muitas vezes, só dizem que o custo "não está coberto", sem explicar porquê.

"Muitas vezes o que acontece é as pessoas terem que recorrer a livros de reclamações, e as seguradoras, ou qualquer outra entidade, são obrigadas a responder", nestes casos com alguma profundidade, destacou.

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