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Generali já está no capital do Banco CTT

Operação de entrada da seguradora no capital do banco foi finalizada. Generali fica com 8,71% do banco depois de injetar 25 milhões de euros.

O Banco CTT abriu as portas em 2016 e é detido integralmente pelo grupo postal.
Bruno Colaço
29 de Novembro de 2024 às 16:42
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A Generali já está no capital do Banco CTT, apurou o Negócios junto de fonte conhecedora do processo e confirmaram os CTT em comunicado entretanto enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O contrato entre as duas partes já foi assinado e a seguradora injetou 25 milhões de euros – através de um aumento de capital - para ficar com 8,71% do capital da instituição financeira dos Correios.

A operação coloca o CEO da Generali Tranquilidade na administração não executiva da instituição financeira.

"Os termos da parceria mantêm-se como anunciado e Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade, assume também funções como administrador não executivo no Conselho de Administração do Banco CTT", confirmam os Correios no documento.

O Grupo CTT enfatiza que "o aumento de capital irá reforçar a posição de capital do Banco CTT com um impacto positivo de aproximadamente 230 pontos base no rácio de capital CET1 "pro-forma fully loaded" reportado a 30 de setembro de 2024 e suportar o desenvolvimento do Banco CTT.

Citado no documento, João Bento, CEO dos CTT, afirma que "a Generali Tranquilidade é um parceiro de referência, uma das principais seguradoras europeias, e acreditamos que este co-acionista de longo prazo no Banco CTT trará muito valor à expansão do negócio de ‘bancassurance’ e permitirá robustecer a trajetória de crescimento do Banco."

Já o CEO da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, entende que se trata de uma "etapa-chave na concretização do plano de investimento do Grupo em Portugal. Estamos seguros de que esta parceria com o Grupo CTT nos vai permitir alargar o nosso mercado e crescer de forma sustentada e duradoura".

O acordo também prevê a distribuição de seguros da Generali nos balcões dos Correios, que "já está a decorrer e tem tido uma forte adesão", asseguram os CTT.

A operação foi anunciada em novembro de 2022 depois de meses de negociações de bastidores, mas acabou por só em outubro de 2024 receber o aval do Banco Central Europeu (BCE).

Na origem da demora estiveram pedidos de informação adicional do supervisor às duas partes envolvidas. As questões estavam relacionadas com o acordo para a distribuição de seguros que fazem parte da parceria assinada entre o banco dos Correios e a dona da Tranquilidade, Açoreana e Logo. Acresceram, como o Negócios escreveu em julho, questões relacionadas com direitos de veto da Generali, enquanto acionista minoritário do Banco CTT.

Além de solicitar dados adicionais, o BCE, através do Banco de Portugal (BdP), avançou com o processo de "fit&proper" de Pedro Carvalho, do qual resultou a luz verde do supervisor bancário.

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