Notícia
É devedor do Novo Banco? Rafael Mora diz que "tecnicamente não"
O antigo sócio de Nuno Vasconcellos reconhece ter estado envolvido na contratação dos créditos, mas diz que estes não estavam em incumprimento quando saiu da Ongoing.
Rafael Mora, antigo administrador da Ongoing, diz que "tecnicamente" não é devedor do Novo Banco. Admite ter estado envolvido na contratação dos créditos, mas garante que não estavam em incumprimento quando saiu do grupo.
"Considera-se devedor do Novo Banco?", questionou o deputado do PS João Paulo Correia a Rafael Mora, na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, numa audição realizada esta quarta-feira. "Tecnicamente não", respondeu o antigo sócio de Nuno Vasconcellos.
"Se me diz se tive responsabilidade na contratação do crédito (...) não posso ser cínico e olhar o deputado nos olhos e dizer que não tinha nada a ver", disse Mora no Parlamento, assumindo que teve responsabilidade na contratação do crédito.
No entanto, referiu, "quando sai a dívida não estava em incumprimento". Questionado quem deve assumir a dívida da Ongoing no Novo Banco, Rafael Mora afirmou que "a pessoa que geria a área financeira era Nuno Vasconcellos".
"No que diz respeito à área financeira, cumpria ordens do dono do grupo [Nuno Vasconcellos]", rematou.
Pressão política na compra do Diário Económico
Rafael Mora revelou ainda, durante a audição, que a compra do Diário Económico foi um "negócio curioso".
"Era um negócio que estava um pouco martelado em Portugal, estava viciado", disse no Parlamento. "Havia muita pressão política" para que fosse o Grupo Lena a comprar o grupo. "Nós fomos uns outsiders que surgiram na operação", disse.
Sobre o grupo Impresa, Rafael Mora afirmou que Nuno Vasconcellos, dono da Ongoing, tentou controlar a Impresa, incentivado pelo então presidente do BES Ricardo Salgado.
Mora foi chamado ao Parlamento depois de a audição de Nuno Vasconcellos ter sido interrompida pelo presidente da comissão de inquérito. Fernando Negrão considerou que o empresário não estava a assumir qualquer dívida e que as respostas não estavam a ser construtivas.
(Notícia atualizada com mais informação.)
"Considera-se devedor do Novo Banco?", questionou o deputado do PS João Paulo Correia a Rafael Mora, na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, numa audição realizada esta quarta-feira. "Tecnicamente não", respondeu o antigo sócio de Nuno Vasconcellos.
No entanto, referiu, "quando sai a dívida não estava em incumprimento". Questionado quem deve assumir a dívida da Ongoing no Novo Banco, Rafael Mora afirmou que "a pessoa que geria a área financeira era Nuno Vasconcellos".
"No que diz respeito à área financeira, cumpria ordens do dono do grupo [Nuno Vasconcellos]", rematou.
Pressão política na compra do Diário Económico
Rafael Mora revelou ainda, durante a audição, que a compra do Diário Económico foi um "negócio curioso".
"Era um negócio que estava um pouco martelado em Portugal, estava viciado", disse no Parlamento. "Havia muita pressão política" para que fosse o Grupo Lena a comprar o grupo. "Nós fomos uns outsiders que surgiram na operação", disse.
Sobre o grupo Impresa, Rafael Mora afirmou que Nuno Vasconcellos, dono da Ongoing, tentou controlar a Impresa, incentivado pelo então presidente do BES Ricardo Salgado.
Mora foi chamado ao Parlamento depois de a audição de Nuno Vasconcellos ter sido interrompida pelo presidente da comissão de inquérito. Fernando Negrão considerou que o empresário não estava a assumir qualquer dívida e que as respostas não estavam a ser construtivas.
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