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Associação Business Roundtable defende redução da TSU
A associação, que junta líderes de algumas das principais empresas do país, considera que é "imperativo adotar medidas que promovam o crescimento económico# e rejeita qualquer aumento da taxa social única (TSU).
A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) defendeu esta terça-feira que a redução da Taxa Social Única (TSU) é "essencial", dado que a taxa atual constitui um "entrave à competitividade do trabalho e das empresas", bem como ao crescimento económico.
A associação, que junta líderes de algumas das principais empresas do país, considera que é "imperativo adotar medidas que promovam o crescimento económico e rejeita qualquer aumento da TSU, defendendo, em vez disso, a sua redução" para "valores semelhantes aos verificados noutros países".
Em dezembro, a ministra do Trabalho tinha anunciado a intenção de estudar a revisão da TSU, sublinhando que esta revisão deveria ser feita "de cinco em cinco anos, mas não é feita há 13 anos".
Atualmente, a TSU é de 23,75% para o empregador e de 11% para o trabalhador.
Para a BRP esta taxa é, aliás, um dos principais fatores a contribuírem para o "garrote fiscal" em Portugal, dado "que representa um encargo significativo para as empresas e trabalhadores".
"Com uma das taxas mais elevadas da Europa, a TSU já hoje constitui um entrave à competitividade do trabalho e das empresas em Portugal e aos salários e crescimento económico", aponta a associação, em comunicado.
Nesse sentido, a BRP vê com bons olhos a criação de um grupo de trabalho para apresentar "propostas concretas" para garantir a sustentabilidade da Segurança Social, que entre outras matérias deverá estudar a revisão da TSU. Mas sublinha que "requer medidas concretas e determinação política para avançar".
"Qualquer tentação em defender um eventual aumento da TSU só contribuirá para agravar os desafios económicos e sociais que o país tem aprofundado nas últimas décadas", sublinha a associação, descartando ainda que uma eventual redução desta taxa possa "comprometer a sustentabilidade da Segurança Social".
O grupo de trabalho agora criado e liderado pelo economista e professor da Universidade Nova Jorge Bravo, inicia funções na quinta-feira e deverá apresentar um relatório intercalar até final de julho ao Governo.